quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Substâncias psicoativas e a influência da mídia (6ª semana)

Unidade 2 - Educação comunitária, saúde e cidadania
Disciplina: Saúde na escola
Semana 6 (27/11 à 03/12)


Substâncias psicoativas


O uso do termo substâncias psicoativas é mais adequado, pois abrange todas as substâncias que alteram o sistema nervoso central dando uma sensação prazerosa. Usar o termo droga dá a impressão de tratar apenas de substâncias ilícitas.

O efeito causado por estas substâncias são diferentes, pois o que os usuários buscam são sensações subjetivas e diversas, como baixar a ansiedade, sensações alucinógenas, etc. Estudos recentes vem ampliando a ideia dos fatores que causariam o uso de substâncias psicoativas, antigamente falava-se apenas em componentes ambientais e sociais, com as novas pesquisas se acrescentou componentes biológicos e genéticos.

Toda esta discussão, entre os estudiosos, foi muito positiva, pois reduziu o esteriótipo criado para os dependentes químicos, alegando que apenas os fracos, aqueles que não conseguem enfrentar alguma situação da vida, utilizam e se tornam dependente de drogas.

Um alerta que a Profª Renata Azevedo traz é que mesmo com tantos esclarecimentos oferecidos nos dias de hoje, o uso de substâncias psicoativas tem crescido nos últimos anos e o que é mais grave os adolescente começam a experimentar as drogas (lícitas e ilícitas) cada vez mais cedo.

Renata levanta três motivos, que explicariam estes dados alarmantes, são eles:

1) Início do uso na adolescência, período que o jovem está desenvolvendo sua opinião e formação. A curiosidade é um grande fator no processo de iniciação do uso de substâncias psicoativas;
2) Adolescentes com maior vulnerabilidade ao uso de substâncias psicoativas, devido ao seu contexto, baixa autoestima, timidez, má estrutura familiar, entre outros.
3) Coerência dos pais e/ou responsáveis, já que, muitas vezes, passam a ideia de consumismo, isto é, tudo é resolvido com alguma compra ou mesmo com o uso de álcool, tabaco, etc., acabando por incentivar os filhos com as mesmas ações

Mídia e comportamento

Como dito anteriormente, a infância e a adolescência é um período de grandes transformações físicas e psíquicas. Sendo também, um período dinâmico onde se estabelece atitudes, conceitos e valores, formando assim, condutas, portanto, trata-se de um período de maior vulnerabilidade.

Ligado a esta ideia, temos que definir a palavra socialização, trata-se do processo do qual o ser humano interioriza valores, crenças, atitudes e normas de conduta que são próprias do seu grupo social ou sociedade. Sendo assim, o adolescente busca o seu espaço dentro da socialização, através de relações, de grupos ou mesmo da mídia.

A mídia se torna, portanto, um grande meio de socialização, já que não segrega e fornece diversos valores (morais ou não), influenciando as crianças e os adolescentes, com modelos de conduta, informações e conhecimentos selecionados e fornecendo estímulos.

É evidente que toda esta influência terá um impacto negativo, ocasionando:

- Atraso no desenvolvimento neuropsicomotor;
- Sexualidade => desenvolvida precocemente, devido a falta de conversa em casa e na escola, tornando a mídia a única educadora sexual;
- Violência => demonstrado por diversos estudos, ocasionando problemas físicos e mentais, condutas agressivas, dessensibilização à violência, medo, depressão, pesadelos e distúrbios de sono;
- Transtornos alimentares;
- Problemas escolares;
- Uso de drogas.

É claro, que a mídia pode oferecer influências positivas, dependendo do programa, do assunto, etc., mas não se pode esquecer que a dependência das crianças e adolescentes a ela, tem substituído outras atividades que seriam saudáveis e produtiva, como esportes, visita a museus, etc.




# Vivência
A minha experiência desta semana, remete a influência da mídia na vida das crianças e dos adolescentes.
Nas duas faixa etária que trabalhei era visível a influência da mídia no contexto de vida dos alunos, os menores (5-6 anos) falavam da novela como se descobrissem coisas novas a cada dia e acabavam achando normal brigas, cenas de nudez, etc., procurava sempre conversar com eles de forma clara e natural, perguntando se era certo aquelas coisas  e tentando auxiliar na sua formação de valores.
Já os maiores (13-14 anos) as discussões começam com ares de sabedoria, "tá vendo como eu sei", mas eu não proibia pelo contrário puxava a discussão para dentro do nosso contexto teórico e fazia apenas uma exigência, me convença com boas justificativas que você está certo. Acredito que essa atividade estimulava o raciocínio e o poder argumentativo.




# Bibliografia
Vídeo-aula 23: Uso de substância psicoativas
Vídeo-aula 24: Mídia e comportamento
Texto: A droga na infância e na adolescência
Disponível em: http://kplus.cosmo.com.br/materia.asp?co=72&rv=Vivencia
Texto: Consumo de substâncias psicoativas por adolescentes escolares de Ribeirão Preto, SP(Brasil). I - Prevalência do consumo por sexo, idade e tipo de substância
Disponível em: http://www.scielosp.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89101997000100005
Texto: Abuso e dependência de substâncias psicoativas na adolescência
Disponível em: http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/multimedia/adolescente/textos_comp/tc_01.html
Texto: A influência de filmes violentos em comportamento agressivo de crianças e adolescentes
Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-79722000000100014&lng=en&nrm=iso&tlng=pt

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