sexta-feira, 6 de julho de 2012

Comunidade (7ª semana)

Unidade 4 - Profissão docente e educação inclusiva
Disciplina: Educação especial/inclusiva: possibilidades, avanços e desafios
Semana 7 (24 à 30/07/12)

Nesta última semana, retomamos assuntos do nosso primeiro módulo, ressaltando a grande importância da integração da escola, família, comunidade, direção e pessoas da área da saúde. Tudo isso, se faz necessário para um melhor desenvolvimento do aluno com Necessidades Educativas Especiais, seja ela qual for. A partir do momento que nos unimos damos força uns aos outros para enfrentar essa realidade ainda recente de uma escola para todos, de uma escola que por vezes permanece tradicional quando na realidade possui uma escola nova que garante o direito à educação para todos.






# Bibliografia
Vídeo-aula 27 : O professor não pode estar só: parcerias dentro da escola.
Vídeo-aula 28: O professor não pode estar só. O espaço interdisciplinar e com a comunidade.
Vídeo de apoio: Janela da alma
SILVIA, A.M., & MENDES, E.G. Família de crianças com deficiência e profissionais: componentes da parceria colaborativa na escola. Rev. Bras. Ed. Esp., 14(2), 217-234, 2008.
ARANHA, M.S.F. (org.). Educação inclusiva : v. 3 : a escola / coordenação geral SEESP/MEC . Brasília : Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial, P.26, 2004.
CAPELO, F.M. Aprendizagem Centrada na Pessoa: Contribuição para a compreensão do modelo educativo proposto por Carl Rogers. Rev. Estudos Rogerianos A Pessoa como Centro Nº. 5, 2000.

Professor leitor e autor (7ª semana)

Unidade 4 - Profissão docente e educação inclusiva
Disciplina: Profissão docente
Semana 7 (24 à 30/06/12)

A leitura reflexiva conduz ao prazer de pensar. Na verdade é de extrema importância que o professor se atualize e pratica a leitura e o pensamento reflexivo, mas sabemos que o docente se preocupa com tantas coisas, muita delas não estão nem no seu alcance, deixando por vezes essa prática tão importante de lado.


 Só faz sentido falar em autonomia docente se elaboramos o conceito de autoria. O professor deve ser autor de sua "vida docente", isto é, no seu planejamento, na sua sala de aula, na hora de atribuir uma nota baixa mesmo se os pais do aluno forem "importantes" de algum modo, temos que ser autores de nossas próprias ações.





# Bibliografia

Vídeo-aula 25: Professor pensador
Vídeo-aula 26: Professor autor
PERISSÉ, Gabriel. Sem filosofia... nem pensar!
______________. O pensamento livre na noite
______________. Ter, plantar e escrever
______________. Escreve que te escuto
______________. Seres que escrevem

Educação especial: EFICAZ X INEFICAZ (6ª semana)

Unidade 4 - Profissão docente e educação inclusiva
Disciplina: Educação especial/inclusiva: possibilidades, avanços e desafios
Semana 6 (17 à 23/07/12)

A educação de pessoas com necessidades especiais é de fato ineficaz...
O professor espera que tenha uma regularidade e linearidade na forma de aprendizagem, acreditando que todos devem ter esta compreensão ao mesmo tempo, quando isso não ocorre, muitas vezes ela se torna invisível, pois acredita que aquela criança não será capaz de alcançar os objetivos.

Toda essa ruptura é menor com os alunos com deficiência sensorial que possuem meios tecnológicos que ajudem o avanço no conhecimento como:

braille


libras


A socialização é um dos grandes avanços da inclusão. Mas devemos, nós professores, parar de exigir que as crianças tenham o mesmo "ritmo" de aprendizado e compreender que há uma grande complexidade no ensino de crianças com necessidades educativas especiais.

A pedagogia está em movimento devido a mudanças na legislação, relações culturais e sociais, novas funções sociais e concepções de escola.

# Vivência
Tenho muito claro como aprendizado na minha caminhada pela educação que não devemos esperar o mesmo "ritmo" de aprendizagem entre os alunos.
Quando projetamos esta expectativa sobre as crianças acabamos nos frustando e frustando os alunos e sua família, fora isso, esta pressão pode caminhar com o jovem pelo resto de sua vida escolar, já que ele jamais estará no mesmo "ritmo" dos outros alunos.

# Bibliografia
Vídeo-aula 23: A educação de pessoas com necessidades especiais é de fato ineficaz?
Vídeo-aula 24: Modelos de ensino: das concepções docentes às práticas pedagógicas
SILVA, M.F.M.C. & KLEINHANS, A.C.S. Processos cognitivos e plasticidade cerebral na Síndrome de Down. Rev. bras. educ. espec. [online]. 12(1), 123-138, 2006.
MICHELS, M.H. Paradoxos da formação de professores para a Educação Especial: o currículo como expressão da reiteração do modelo médico-psicológico. Rev. bras. educ. espec.[online]. 11(2), 255-272, 2005

Profissão que faz adoecer (6ª semana)

Unidade 4 - Profissão docente e educação inclusiva
Disciplina: Profissão docente
Semana 6 (16 à 23/06/12)

A complexidade da constituição docente

"Ideia de uma profissão que faz adoecer."
=> Até a década de 70 => fracasso escolar => culpa do aluno => investir nas competências do professor.

=> Anos 80 => novos estudos nas áreas de filosofia e sociologia foi quebrando mitos. Além disso, o estudo da psicogênese que mostra o aluno como sujeito ativo pensante, mas não modificou a ideia da culpa do professor.

=> Nos últimos anos: pesquisas vão mostrando a complexidade da constituição do professor.

Há diversos aspectos que interferem na constituição do docente:

- Fatores extrínsecos
- Fatores intrínsecos
- Profissionalização
- Profissionalidade

Além de tudo isso, temos a visão de mundo e a cultura profissional, junto com isso temos os saberes "formais" (acadêmicos) e os "informais" (experiência de vida). Todos esses fatores mesclam a profissão docente entre SATISFAÇÃO X INSATISFAÇÃO.

Por isso, o docente caminha entre a disponibilidade pessoal e a luta pela valorização do ensino. Essa teoria é de extrema dificuldade na prática do docente que deve mesclar a sua satisfação pessoal com o interesse e a valorização do magistério e da situação do ensino.




Professor leitor
Toda a leitura é um aprendizado à distância uma forma de aproximação com diversas realidades. Um professor que não é leitor não consegue ser um "livro aberto" para seus alunos. Através das pesquisas sobre o hábito da leitura chegou se a conclusão que a maioria dos professores não possui o hábito da leitura.


# Vivência
Qualquer professor se sentiria "tocado" com os assuntos discutidos nesta semana. Na verdade atingir um bom nível de profissionalismo está vinculado, na maioria das vezes, a uma péssima qualidade de vida. Mas com apenas 5 anos de licenciatura estou começando a perceber a justa medida em ser professora e não ser uma heroína.
Trabalhei por 4 anos numa escola que exigia muito mais do que eu poderia dar, fica doente constantemente e minha vida particular era praticamente inexistente, tomei coragem e busquei um novo caminho.
Não me arrependo, não estou na melhor escola do mundo ela possui qualidades e defeitos, como qualquer emprego, mas consegui encontrar a minha justa medida entre o meu melhor para o trabalho e o meu melhor para a minha vida.
Neste 1º semestre não tive nenhuma crise de renite o qualquer outra coisa e ainda consegui iniciar atividades físicas e VIVER a minha pessoal.


# Bibliografia
Vídeo-aula 21: A complexidade da constituição docente
Vídeo-aula 22: O professor leitor
COLELLO, S. & SILVA, M. S. Profesores alfabetizadores: de la realidad profesional a las perspectivas de formación docente. In Notandum 17. São Paulo/Porto: Mandruvá, 2008.
___________. Para onde vai a profissão docente. In Revista Ibero Americana de Educación 52, Madrid: OEIL, Enero – abril/2010.
PERISSÉ, Gabriel. A leitura observada.
______________. Para uma definição de ‘leitura educadora.
______________. O problema da leitura e a leitura dos problemas.

Estigma (5ª semana)


Unidade 4 - Profissão docente e educação inclusiva
Disciplina: Educação especial/inclusiva: possibilidades, avanços e desafios
Semana 5 (10 à 16/07/12)


O todo pela parte


As reflexões desta semana começaram com a linda história do livro Pedro e Tina: Uma amizade muito especial, relatando como pode existir amizade entre pessoas com características totalmente diferentes, mostrando assim a importância das relações no processo de inclusão.

Nestas vídeo-aulas definiu-se, também, o que é Estigma, segundo Goffman: "Situação do indivíduo que está inabilitado para aceitação social plena." Sendo assim, a questão do estigma depende do outro, pois trata da aceitação do outro, o estigma faz com que se perceba apenas a deficiência não permitindo a visão dos aspectos positivos. É preciso, portanto, uma relação de linguagem e não de atributos.

Dentro dessas discussões não podemos nos esquecer das relações das crianças que são intensas e com várias possibilidades, é preciso romper com a lógica e passar a focalizar como é que se dão os processos através dos quais o desenvolvimento ocorre.

# Vivência
O estigma é uma discussão importantíssima, já que a escola é palco, muitas vezes, de exclusão.
Costumo dizer aos meus alunos do Ensino Médio que a escola é, por diversas vezes, cruel e pode traumatizar crianças e jovens, e me refiro aqui a todos os alunos sendo portadores de necessidades ou não.
Devemos ficar atento a isso, para não "formarmos" adultos rancorosos e por vezes vingativos.


# Bibliografia
Vídeo-aula 19 : O todo pela parte
Vídeo-aula 20: A complexidade no estudo dos processos desenvolvimentais humanos
Vídeo de apoio: O olhar do educador
GOFFMAN, E. Estigma - Notas sobre a manipulação da identidade deteriorada, 1980.
Scorsolini-Comin, F., & Amorim, K.S. Em meu gesto existe o teu gesto: corporeidade na inclusão de crianças deficientes. Psicologia: Reflexão e Crítica (UFRGS. Impresso), v. 23, p. 261-269, 2010.
AMORIM, K. S.; Rossetti-Ferreira, M. C., & Silva, A. P. S. Rede de Significações: alguns conceitos básicos. In: M.C. Rossetti-Ferreira; K.S. Amorim; A. P. S. Silva; A.M.A.Carvalho. (Org.). Rede de Significações e o estudo do desenvolvimento humano. 1a. ed. Porto Alegre: Artmed, , v. , p. 23-33, 2010.

Cidade educadora (5ª semana)



Unidade 4 - Profissão docente e educação inclusiva
Disciplina: Profissão docente
Semana 5 (10 à 16/06/12)

O professor e a cidade educadora
O professor utiliza os equipamentos e obras de arte presentes no espaço público com o objetivo de expandir o universo cultural dos estudantes. Preparando assim, os alunos para a visita com aulas sobre os conteúdos na escola, propondo trabalhos práticos e reflexivos.

Um exemplo de espaço público para ser trabalhado pelos professores é a Estação da Luz


O aluno aprende a ver o entorno público e o frequenta informado sobre seus conteúdos que não são revelados pela simples observação.

Grafite nas ruas da Vila Madalena


A escola e as instituições culturais
As instituições culturais reúnem objetos de arte interessantes às aprendizagens escolares, podendo ser visitados fisicamente ou visualmente. Esses objetos que são acervos eles trazem conteúdos de diversas áreas escolares, podendo ser utilizado em diferentes atividades na escola, ampliando a visão, o conhecimento e por muitas vezes o interesse dos alunos.

Memorial da resistência em SP



# Vivência
A prática docente que envolvem lugares públicos e instituições culturais é excelente, transporta os alunos para dentro do conteúdo tornando tudo mais real e mais interessante, porém no dia-a-dia das escolas particulares a cobrança sobre o conteúdo e o término dos materiais didáticos, prejudicam essas atividades amarrando nós professores à uma escola conteudista.


# Bibliografia
Vídeo-aula 17: O professor e a cidade educadora
Vídeo-aula 18: A escola e as instituições culturais
Vídeo de apoio: Cidade Educadora (TV Univesp)
Material didático área de ação educativa Museu lasar Segall Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN Ministério da Cultura- MinC, 2005
Disponível em: http://www.museusegall.org.br/img/upload/PDFs/MD_MLS2005.pdf

Educação especial e EJA (4ª semana)

Unidade 4 - Profissão docente e educação inclusiva
Disciplina: Educação especial/inclusiva: possibilidades, avanços e desafios
Semana 4 (03 à 09/07/12)

Como anda a educação especial no país?
De 1998 à 2008: houve um crescimento enorme de matrículas de alunos portadores de necessidades especiais, há no Brasil cerca de 2.850.000 crianças portadoras de necessidades o que comprova que estamos muito longe de atender todos os alunos portadores de deficiência.

A dificuldade de acesso a informações, a única que possui esse registro são as escolas especiais, isto é, não há registros dificultando um diagnóstico dessas crianças e de suas necessidades. Não diferenciando os graus de deficiência, o professor e a escola possui uma limitação em produzir um diagnóstico, por isso deve ser realizado por especialistas como psicólogos.

Atualmente 60% dos deficientes inseridos na escola são meninos o que levanta diferentes questionamentos. As crianças não estão permanecendo nas escolas regulares, já nas escolas especiais elas permanecem por vezes pelo resto da vida.

A trajetória do aluno portador de deficiência é extremamente irregular, pois muitas escolas não estão prontas para fornecer todo o "aparato" que esse aluno precisa, sendo assim, apenas 0,42% dos alunos com necessidades educativas especiais conseguem a certificação e observamos, também, que a Educação de Jovens e Adultos acabou, entre outras coisas, auxiliando na formação destes alunos.


# Vivência
A falta de diagnóstico especializado, feito por psicólogos, prejudica muito o trabalho do docente com os alunos portadores de necessidades educativas especiais.
Mas não basta ter um relatório ou um registro se estes não forem utilizados no planejamento, a vivência que eu tive ao lecionar para turmas com alunos de inclusão me fizeram ter certeza de que há, ainda, um longo caminho até se realizar a inclusão de fatos.
Por vezes tive alunos que não tinham diagnóstico e na prática fui descobrindo as deficiências que possuíam, aqueles que tinha diagnóstico não tinham uso durante o planejamento, devido ao acumulo de funções. Vale a pena refletir sobre a infraestrutura fornecida para que haja de forma efetiva a inclusão.

# Bibliografia
Vídeo-aula 15: Como anda a educação especial no país??
Vídeo-aula 16: Trajetórias escolares de deficientes e a EJA: a questão do fracasso escolar.
PRIETO, R.G. & SOUSA, S.Z.L.. Educação especial no município de São Paulo: acompanhamento da trajetória escolar de alunos no ensino regular. Rev. bras. educ. espec. [online]. 2006, vol.12, n.2, pp. 187-202.
Plano Nacional de Objetivos. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/leis_2001/l10172.htm