quinta-feira, 5 de julho de 2012

Necessidade Educativa Especial (1ª semana)


Unidade 4 - Profissão docente e educação inclusiva
Disciplina: Educação especial/inclusiva: possibilidades, avanços e desafios
Semana 1 (13 à 19/05/12)

Apresentação da disciplina
O objetivo dessa disciplina é discutir ética e justiça na perspectiva do respeito às diferenças e às especificidades, particularmente de pessoas com necessidades especiais, para tanto iremos refletir sobre os seguintes pontos:
- Ética e valores
- Definir: alunos com necessidades educacionais especiais
- Legislações e diretrizes educacionais
- Novas práticas no campo escolar
- Controvérsias e dificuldades de ação
- Traçar planos diagnósticos e de ação

Ética e valores na ação educativa
Iniciamos essa temática retomando o conteúdo das aulas ministradas pelo Profº Ulisses no módulo I sobre a história da escola, relembrando as três revoluções da educação:
1ª revolução => individualizado
2ª revolução => responsabilidade do Estado, isto é, uma escola pública, homogeneizada e legitimadora da exclusão
3ª revolução => universalização do acesso à educação
Fica evidente que o perfil de cada revolução se modifica a partir do “público” que está trabalhando, rompendo ao longo da história com a característica da escola para uma camada social restrita passando para uma “educação para todos”, o que não significa uma sociedade sem desigualdades ou mesmo com qualidade de ensino igualitária.


Com esse novo formato da educação se faz necessário uma empatia, isto é, a necessidade de me colocar no lugar do outro, me relacionar e respeitar o outro lado existe, ainda, o outro que eu devo tolerar, já que os alunos portadores de necessidades especiais estão inseridos dentro das salas de aulas regulares.
Esta prática é extremamente difícil dentro do contexto escolar que vivemos o que leva muitas vezes a um aluno inserido dentro da sala de aula, mas incapaz de atingir as funções necessárias. Criando assim, uma inclusão perversa.

Ética e saúde na escola
É de extrema importância a reflexão sobre a terminologia para iniciarmos a reflexão sobre a prática docente no processo de inclusão, sendo assim, Necessidade Educativa Especial significa tirar do aluno à dificuldade e “transferir” para o professor e a escola, isto é, não deixá-lo sozinho com a sua dificuldade.

As crianças e os jovens de rua que trabalham, de origem remota ou de população nômade, pertencentes a minorias linguísticas, étnicas ou culturais de grupos desavantajados ou marginalizados, deficientes e superdotados são definidas como portadores de necessidades educativas especiais.

O termo, na verdade, é muito mais amplo do que aquele muitas vezes utilizados no nosso dia-a-dia, já que cada aluno terá a sua necessidade dentro do processo ensino-aprendizagem.



# Vivência


Saber definir quem integra os portadores de necessidade educativa especial é de suma importância para auxiliar na prática docente e para quebrar com alguns paradigmas, isto é, crianças ditas “típicas” também possuem necessidades educativas, na verdade a sala de aula é um campo complexo com diferentes sujeitos e história e isso faz de cada ser humano único.
Tive a oportunidade de trabalhar numa turma de 1º ano com 16 alunos, sendo um portador de síndrome de down, um TDHA, um aluno vítima de paralisia cerebral e um aluno com 10 cm a menos no cérebro devido a convulsões e mesmo assim, afirmo com toda certeza que os meus 16 alunos eram portadores de necessidades educativas especiais, já que estavam no processo de alfabetização e precisam da minha atenção e intervenção tanto quanto os outros alunos.



# Bibliografia
Vídeo de apresentação da disciplina "Educação especial/inclusiva: possibilidades, avanços e desafios"
Vídeo-aula 3: Ética e valores na ação educativa
Vídeo-aula 4: Ética e Saúde a escola
CARVALHO, J.S. Podem a ética e a cidadania ser ensinadas? In: Pró-Posições- Universidade Estadual de Campinas FE vol 13 set/dez 2002. (pp.157-168)
Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência e as Normas de Proteção. 

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