quinta-feira, 5 de julho de 2012

Diversas visões sobre a inclusão (2ª semana)


Unidade 4 - Profissão docente e educação inclusiva
Disciplina: Educação especial/inclusiva: possibilidades, avanços e desafios
Semana 2 (20 à 26/05/12)


Crianças e jovens com necessidades especiais na escola – dialética da inclusão/exclusão
Devemos pensar a inclusão escolar dentro da perspectiva de que há diversos sujeitos dentro de uma sala de aula com suas opiniões e experiências, nesta aula refletimos 4 perspectivas diferentes:
1)      O ponto de vista dos familiares => ressalta a recusa das escolas que ainda existe e a inclusão nas salas regulares que muitas vezes não alcançam as competências por não ter estrutura ou atenção cabível.


2)      O ponto de vista do professor => ressalta o discursivo pejorativo que ainda existe por parte da coordenação/direção da escola, além da falta de estrutura proporcionada pelas escolas para se realizar um trabalho de inclusão. Alegando ainda, que a dificuldade de lidar com a inclusão vêm da falta de convívio com os portadores de necessidades educativas especiais no nosso cotidiano.


3)      O ponto de vista da coordenação/direção escolar => ressalta a falta de capacitação (=formação) do professor para lidar de forma qualitativa com este aluno, isto é, o docente se volta de forma mais efetiva para a socialização. As famílias não confiam de forma plena nas escolas regulares, já que convivem mais em ambientes hospitalares.


4)      O ponto de vista do aluno => homogeneizado, isto é, incluído de uma forma excludente.


Contradições de valores na escola: entrelaçados da história com a história da educação e da educação especial
A inclusão não é uma imposição, mas sim uma reivindicação de uma classe que quer ter direito à escola.

 
ð  Em 1950: surgimento de instituições não governamentais.
ð  Em 2000: passa a surgir legislação a esse respeito.
ð  Em 1990: processo de eugenia, isto é, a busca pelos melhores alunos, auxiliado, é claro, pelo momento histórico político.
ð  Em 1920: escola para poucos, 41 crianças de 1000 frequentavam a escola.
ð  Em 1930: reivindicação dos portadores de necessidades especiais ao acesso a escola.
ð  Em 1971: escola como forma de organização da população, formando a partir daí planejamentos e capacitação tomada como função do Estado.
ð  Declaração de Salamanca: um marco na luta da educação para todos.



# Vivência
A falta de estrutura da escola faz da inclusão perversa, comprovei isso ano passado quando tive uma turma de 16 alunos, sendo 4 com deficiência especial. Por não ter auxiliar e estar numa turma com o principal foco na alfabetização, muitas vezes, eu não conseguia aplicar se quer uma atividade para estes 4 alunos, sendo a sua inclusão voltada de forma mais direta para a socialização, o que se torna frustrante para o professor, para o aluno e para os familiares.



# Bibliografia
Vídeo-aula 7: Crianças e jovens com necessidades especiais na escola – dialética da inclusão / exclusão.
Vídeo-aula 8: Contradições de valores na escola: entrelaçados da história com a história da educação e da educação especial.
Vídeo de apoio: As revoluções educacionais
Vídeo de apoio: Conhecimento em rede
Vídeo de apoio: Filhos do silêncio
Vídeo de apoio: Deficientes físicos dançando
SILVA, S.C., & ARANHA, M.S.F. (2005). Interação entre professora e alunos em salas de aula com proposta pedagógica de educação inclusiva. Rev. bras. educ. espec. [online]. 11(3), 373-394.
Roriz, T.M.S., Amorim, K.S. & Rossetti-Ferreira (2005). Inclusão social/escolar de pessoas com necessidades especiais: múltiplas perspectivas e controversas práticas discursivas. Revista de Psicologia USP, vol. 16, p. 167-194.
Jannuzzi, G.S.M. (2004). A educação do deficiente no Brasil: dos primórdios ao início do século XXI. Campinas: Autores Associados.

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