domingo, 30 de outubro de 2011

Bullying (7ª semana)

Unidade 1 - Interdisciplinaridade, transversalidade e construção de valores
Disciplina: Educação e construção de valores
Semana 7 (17 à 23/10)

É inquestionável que reconhecer a realidade dos sujeitos e da comunidade ajude no trabalho dentro das escolas com as estratégias de projetos e todos os recursos apresentados até aqui na plataforma do curso de Ética, Valores e Cidadania na Escola.

A questão é que vem crescendo de forma positiva o olhar sobre o bullying, isso não quer dizer que tal "fenômeno" não existia, pois há estudos desde a década de 80, o fato é que no Brasil as pesquisas são recentes e começaram em 2003, fazendo com que houvesse maior preocupação com as suas consequências.

Bullying é uma palavra inglesa por não ter significante na língua portuguesa, e trata-se de todas as atitudes agressivas, intencionais e repetidas que ocorrem nos diferentes âmbitos sociais.

"Excluir, humilhar, expor e todas as variantes dessas atitudes de violência moral ou bullying são experiências inevitáveis e nada pode ser feito a respeito." (Kátia Pupo)
Essa citação refere-se aos comentários dos alunos sujeitos da pesquisa realizada pela Profª Kátia Pupo, que critíca e se preocupa com a passividade e a normalidade com que os estudantes olham, praticam e sofrem de bullying. É por isso, que é de extrema importância os estudos e as ações referentes a este assunto.

O primeiro passo é diferenciar brincadeiras de mau gosto de bullying, este possui na sua maioria as seguintes características:

- Ação repetida e intencional
- Ação prolongada
- Não há motivação
- Desequilíbrio de poder, quem sofre não tem força para reagir

O segundo passo é observar para poder identificar os agressores e as vítimas, já que são várias características juntas que definem um ou outro e não fatos e sinais isolados. Sendo assim, deve-se ter cautela para não confundir "excessos" com a prática de bullying.

O Ciberbullying é outra forma desta prática que usa dos meios de comunicação para realizar agressões ao outro, o seu "poder" é mais amplo, pois o seu efeito é duradouro e irrestrito, devido as características da internet.

As consequências de todas essas práticas, em sua grande maioria, é o isolamento da vítima, a queda de rendimento, fobia, além de diversos transtornos afetivos. Podemos e devemos intervir através da conscientização, sensibilização da comunidade, formação de um ambiente de confiança e de solidariedade, apoiar e protejer as vítimas, estabelecer de forma clara as regras e os limites.

Mais do que tudo isso, é preciso ficar atento para poder intervir nessas práticas, para que futuramente os nossos alunos não se tornem assassinos como nos casos do Rio de Janeiro e dos EUA, que tratava-se de vítimas de bullying, as quais possuem como uma consequência o desejo de vingança.


# Vivência
Lendo as possíveis características dos agressores e das vítimas identifiquei em dois alunos de 6 anos, possíveis sujeitos da prática de bullying.
1º) Um deles tem o hábito de mentir sem qualquer arrependimento ou medo, provoca os amigos repetidas vezes e faz isso com aqueles que tem menos paciência e maior agressividade.
2º) O outro tem comportamentos explosivos, chora muito, se ofende com qualquer tipo de brincadeira, e dessa forma sofre muitas brincadeiras que não gosta.
Sei que eles são muito novos, mas percebo que há uma possibilidade, por isso, talvez, se faça necessário uma intervenção através de atividades e conversas desde agora, para que eles não sofram posteriormente.

# Bibliografia
Vídeo-aula 27: Práticas de cidadania
Vídeo-aula 28: O Fenômeno do Bullying
KOCHEN, Silvia. Os disfarces da malvadeza humana. Site: www.sescsp.org.br/sesc/revistas-sesc/pb

Nenhum comentário:

Postar um comentário