Unidade 4 - Profissão docente e educação inclusiva
Disciplina: Educação especial/inclusiva: possibilidades, avanços e desafios
Apresentação da disciplina
O
objetivo dessa disciplina é discutir ética e justiça na perspectiva do respeito
às diferenças e às especificidades, particularmente de pessoas com necessidades
especiais, para tanto iremos refletir sobre os seguintes pontos:
-
Ética e valores
-
Definir: alunos com necessidades educacionais especiais
-
Legislações e diretrizes educacionais
-
Novas práticas no campo escolar
-
Controvérsias e dificuldades de ação
-
Traçar planos diagnósticos e de ação
Ética e valores na ação
educativa
Iniciamos
essa temática retomando o conteúdo das aulas ministradas pelo Profº Ulisses no
módulo I sobre a história da escola, relembrando as três revoluções da educação:
1ª
revolução => individualizado
2ª
revolução => responsabilidade do Estado, isto é, uma escola pública,
homogeneizada e legitimadora da exclusão
3ª
revolução => universalização do acesso à educação
Fica
evidente que o perfil de cada revolução se modifica a partir do “público” que
está trabalhando, rompendo ao longo da história com a característica da escola
para uma camada social restrita passando para uma “educação para todos”, o que
não significa uma sociedade sem desigualdades ou mesmo com qualidade de ensino
igualitária.
Com
esse novo formato da educação se faz necessário uma empatia, isto é, a
necessidade de me colocar no lugar do outro, me relacionar e respeitar o outro
lado existe, ainda, o outro que eu devo tolerar, já que os alunos portadores de
necessidades especiais estão inseridos dentro das salas de aulas regulares.
Esta
prática é extremamente difícil dentro do contexto escolar que vivemos o que
leva muitas vezes a um aluno inserido dentro da sala de aula, mas incapaz de
atingir as funções necessárias. Criando assim, uma inclusão perversa.
Ética e saúde na escola
É
de extrema importância a reflexão sobre a terminologia para iniciarmos a
reflexão sobre a prática docente no processo de inclusão, sendo assim,
Necessidade Educativa Especial significa tirar do aluno à dificuldade e
“transferir” para o professor e a escola, isto é, não deixá-lo sozinho com a
sua dificuldade.
As
crianças e os jovens de rua que trabalham, de origem remota ou de população
nômade, pertencentes a minorias linguísticas, étnicas ou culturais de grupos
desavantajados ou marginalizados, deficientes e superdotados são definidas como
portadores de necessidades educativas especiais.
O
termo, na verdade, é muito mais amplo do que aquele muitas vezes utilizados no
nosso dia-a-dia, já que cada aluno terá a sua necessidade dentro do processo
ensino-aprendizagem.
# Vivência
Saber definir quem integra os portadores de necessidade educativa especial é de suma importância para auxiliar na prática docente e para quebrar com alguns paradigmas, isto é, crianças ditas “típicas” também possuem necessidades educativas, na verdade a sala de aula é um campo complexo com diferentes sujeitos e história e isso faz de cada ser humano único.
Tive a oportunidade de trabalhar numa turma de 1º ano com 16 alunos, sendo um portador de síndrome de down, um TDHA, um aluno vítima de paralisia cerebral e um aluno com 10 cm a menos no cérebro devido a convulsões e mesmo assim, afirmo com toda certeza que os meus 16 alunos eram portadores de necessidades educativas especiais, já que estavam no processo de alfabetização e precisam da minha atenção e intervenção tanto quanto os outros alunos.
# Bibliografia
Vídeo de apresentação da disciplina "Educação especial/inclusiva: possibilidades, avanços e desafios"
Vídeo-aula 3: Ética e valores na ação educativa
Vídeo-aula 4: Ética e Saúde a escola
CARVALHO, J.S. Podem a ética e a cidadania ser ensinadas? In: Pró-Posições- Universidade Estadual de Campinas FE vol 13 set/dez 2002. (pp.157-168)
Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência e as Normas de Proteção.
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