Unidade 4 - Profissão docente e educação inclusiva
Disciplina: Educação especial/inclusiva: possibilidades, avanços e desafios
Crianças e jovens com
necessidades especiais na escola – dialética da inclusão/exclusão
Devemos
pensar a inclusão escolar dentro da perspectiva de que há diversos sujeitos
dentro de uma sala de aula com suas opiniões e experiências, nesta aula
refletimos 4 perspectivas diferentes:
1)
O ponto de vista dos familiares =>
ressalta a recusa das escolas que ainda existe e a inclusão nas salas regulares
que muitas vezes não alcançam as competências por não ter estrutura ou atenção
cabível.
2)
O ponto de vista do professor =>
ressalta o discursivo pejorativo que ainda existe por parte da
coordenação/direção da escola, além da falta de estrutura proporcionada pelas
escolas para se realizar um trabalho de inclusão. Alegando ainda, que a
dificuldade de lidar com a inclusão vêm da falta de convívio com os portadores
de necessidades educativas especiais no nosso cotidiano.
3)
O ponto de vista da coordenação/direção
escolar => ressalta a falta de capacitação (=formação) do professor para
lidar de forma qualitativa com este aluno, isto é, o docente se volta de forma
mais efetiva para a socialização. As famílias não confiam de forma plena nas
escolas regulares, já que convivem mais em ambientes hospitalares.
4)
O ponto de vista do aluno =>
homogeneizado, isto é, incluído de uma forma excludente.
Contradições de valores
na escola: entrelaçados da história com a história da educação e da educação
especial
A
inclusão não é uma imposição, mas sim uma reivindicação de uma classe que quer
ter direito à escola.
ð Em
1950: surgimento de instituições não governamentais.
ð Em
2000: passa a surgir legislação a esse respeito.
ð Em
1990: processo de eugenia, isto é, a busca pelos melhores alunos, auxiliado, é
claro, pelo momento histórico político.
ð Em
1920: escola para poucos, 41 crianças de 1000 frequentavam a escola.
ð Em
1930: reivindicação dos portadores de necessidades especiais ao acesso a
escola.
ð Em
1971: escola como forma de organização da população, formando a partir daí
planejamentos e capacitação tomada como função do Estado.
ð Declaração
de Salamanca: um marco na luta da educação para todos.
# Vivência
A falta de estrutura da escola faz da inclusão perversa, comprovei isso ano passado quando tive uma turma de 16 alunos, sendo 4 com deficiência especial. Por não ter auxiliar e estar numa turma com o principal foco na alfabetização, muitas vezes, eu não conseguia aplicar se quer uma atividade para estes 4 alunos, sendo a sua inclusão voltada de forma mais direta para a socialização, o que se torna frustrante para o professor, para o aluno e para os familiares.
A falta de estrutura da escola faz da inclusão perversa, comprovei isso ano passado quando tive uma turma de 16 alunos, sendo 4 com deficiência especial. Por não ter auxiliar e estar numa turma com o principal foco na alfabetização, muitas vezes, eu não conseguia aplicar se quer uma atividade para estes 4 alunos, sendo a sua inclusão voltada de forma mais direta para a socialização, o que se torna frustrante para o professor, para o aluno e para os familiares.
# Bibliografia
Vídeo-aula 7: Crianças e jovens com necessidades especiais na escola – dialética da inclusão / exclusão.
Vídeo-aula 8: Contradições de valores na escola: entrelaçados da história com a história da educação e da educação especial.
Vídeo de apoio: As revoluções educacionais
Vídeo de apoio: Conhecimento em rede
Vídeo de apoio: Filhos do silêncio
Vídeo de apoio: Deficientes físicos dançando
SILVA, S.C., & ARANHA, M.S.F. (2005). Interação entre professora e alunos em salas de aula com proposta pedagógica de educação inclusiva. Rev. bras. educ. espec. [online]. 11(3), 373-394.
Roriz, T.M.S., Amorim, K.S. & Rossetti-Ferreira (2005). Inclusão social/escolar de pessoas com necessidades especiais: múltiplas perspectivas e controversas práticas discursivas. Revista de Psicologia USP, vol. 16, p. 167-194.
Jannuzzi, G.S.M. (2004). A educação do deficiente no Brasil: dos primórdios ao início do século XXI. Campinas: Autores Associados.
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