sexta-feira, 6 de julho de 2012

Comunidade (7ª semana)

Unidade 4 - Profissão docente e educação inclusiva
Disciplina: Educação especial/inclusiva: possibilidades, avanços e desafios
Semana 7 (24 à 30/07/12)

Nesta última semana, retomamos assuntos do nosso primeiro módulo, ressaltando a grande importância da integração da escola, família, comunidade, direção e pessoas da área da saúde. Tudo isso, se faz necessário para um melhor desenvolvimento do aluno com Necessidades Educativas Especiais, seja ela qual for. A partir do momento que nos unimos damos força uns aos outros para enfrentar essa realidade ainda recente de uma escola para todos, de uma escola que por vezes permanece tradicional quando na realidade possui uma escola nova que garante o direito à educação para todos.






# Bibliografia
Vídeo-aula 27 : O professor não pode estar só: parcerias dentro da escola.
Vídeo-aula 28: O professor não pode estar só. O espaço interdisciplinar e com a comunidade.
Vídeo de apoio: Janela da alma
SILVIA, A.M., & MENDES, E.G. Família de crianças com deficiência e profissionais: componentes da parceria colaborativa na escola. Rev. Bras. Ed. Esp., 14(2), 217-234, 2008.
ARANHA, M.S.F. (org.). Educação inclusiva : v. 3 : a escola / coordenação geral SEESP/MEC . Brasília : Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial, P.26, 2004.
CAPELO, F.M. Aprendizagem Centrada na Pessoa: Contribuição para a compreensão do modelo educativo proposto por Carl Rogers. Rev. Estudos Rogerianos A Pessoa como Centro Nº. 5, 2000.

Professor leitor e autor (7ª semana)

Unidade 4 - Profissão docente e educação inclusiva
Disciplina: Profissão docente
Semana 7 (24 à 30/06/12)

A leitura reflexiva conduz ao prazer de pensar. Na verdade é de extrema importância que o professor se atualize e pratica a leitura e o pensamento reflexivo, mas sabemos que o docente se preocupa com tantas coisas, muita delas não estão nem no seu alcance, deixando por vezes essa prática tão importante de lado.


 Só faz sentido falar em autonomia docente se elaboramos o conceito de autoria. O professor deve ser autor de sua "vida docente", isto é, no seu planejamento, na sua sala de aula, na hora de atribuir uma nota baixa mesmo se os pais do aluno forem "importantes" de algum modo, temos que ser autores de nossas próprias ações.





# Bibliografia

Vídeo-aula 25: Professor pensador
Vídeo-aula 26: Professor autor
PERISSÉ, Gabriel. Sem filosofia... nem pensar!
______________. O pensamento livre na noite
______________. Ter, plantar e escrever
______________. Escreve que te escuto
______________. Seres que escrevem

Educação especial: EFICAZ X INEFICAZ (6ª semana)

Unidade 4 - Profissão docente e educação inclusiva
Disciplina: Educação especial/inclusiva: possibilidades, avanços e desafios
Semana 6 (17 à 23/07/12)

A educação de pessoas com necessidades especiais é de fato ineficaz...
O professor espera que tenha uma regularidade e linearidade na forma de aprendizagem, acreditando que todos devem ter esta compreensão ao mesmo tempo, quando isso não ocorre, muitas vezes ela se torna invisível, pois acredita que aquela criança não será capaz de alcançar os objetivos.

Toda essa ruptura é menor com os alunos com deficiência sensorial que possuem meios tecnológicos que ajudem o avanço no conhecimento como:

braille


libras


A socialização é um dos grandes avanços da inclusão. Mas devemos, nós professores, parar de exigir que as crianças tenham o mesmo "ritmo" de aprendizado e compreender que há uma grande complexidade no ensino de crianças com necessidades educativas especiais.

A pedagogia está em movimento devido a mudanças na legislação, relações culturais e sociais, novas funções sociais e concepções de escola.

# Vivência
Tenho muito claro como aprendizado na minha caminhada pela educação que não devemos esperar o mesmo "ritmo" de aprendizagem entre os alunos.
Quando projetamos esta expectativa sobre as crianças acabamos nos frustando e frustando os alunos e sua família, fora isso, esta pressão pode caminhar com o jovem pelo resto de sua vida escolar, já que ele jamais estará no mesmo "ritmo" dos outros alunos.

# Bibliografia
Vídeo-aula 23: A educação de pessoas com necessidades especiais é de fato ineficaz?
Vídeo-aula 24: Modelos de ensino: das concepções docentes às práticas pedagógicas
SILVA, M.F.M.C. & KLEINHANS, A.C.S. Processos cognitivos e plasticidade cerebral na Síndrome de Down. Rev. bras. educ. espec. [online]. 12(1), 123-138, 2006.
MICHELS, M.H. Paradoxos da formação de professores para a Educação Especial: o currículo como expressão da reiteração do modelo médico-psicológico. Rev. bras. educ. espec.[online]. 11(2), 255-272, 2005

Profissão que faz adoecer (6ª semana)

Unidade 4 - Profissão docente e educação inclusiva
Disciplina: Profissão docente
Semana 6 (16 à 23/06/12)

A complexidade da constituição docente

"Ideia de uma profissão que faz adoecer."
=> Até a década de 70 => fracasso escolar => culpa do aluno => investir nas competências do professor.

=> Anos 80 => novos estudos nas áreas de filosofia e sociologia foi quebrando mitos. Além disso, o estudo da psicogênese que mostra o aluno como sujeito ativo pensante, mas não modificou a ideia da culpa do professor.

=> Nos últimos anos: pesquisas vão mostrando a complexidade da constituição do professor.

Há diversos aspectos que interferem na constituição do docente:

- Fatores extrínsecos
- Fatores intrínsecos
- Profissionalização
- Profissionalidade

Além de tudo isso, temos a visão de mundo e a cultura profissional, junto com isso temos os saberes "formais" (acadêmicos) e os "informais" (experiência de vida). Todos esses fatores mesclam a profissão docente entre SATISFAÇÃO X INSATISFAÇÃO.

Por isso, o docente caminha entre a disponibilidade pessoal e a luta pela valorização do ensino. Essa teoria é de extrema dificuldade na prática do docente que deve mesclar a sua satisfação pessoal com o interesse e a valorização do magistério e da situação do ensino.




Professor leitor
Toda a leitura é um aprendizado à distância uma forma de aproximação com diversas realidades. Um professor que não é leitor não consegue ser um "livro aberto" para seus alunos. Através das pesquisas sobre o hábito da leitura chegou se a conclusão que a maioria dos professores não possui o hábito da leitura.


# Vivência
Qualquer professor se sentiria "tocado" com os assuntos discutidos nesta semana. Na verdade atingir um bom nível de profissionalismo está vinculado, na maioria das vezes, a uma péssima qualidade de vida. Mas com apenas 5 anos de licenciatura estou começando a perceber a justa medida em ser professora e não ser uma heroína.
Trabalhei por 4 anos numa escola que exigia muito mais do que eu poderia dar, fica doente constantemente e minha vida particular era praticamente inexistente, tomei coragem e busquei um novo caminho.
Não me arrependo, não estou na melhor escola do mundo ela possui qualidades e defeitos, como qualquer emprego, mas consegui encontrar a minha justa medida entre o meu melhor para o trabalho e o meu melhor para a minha vida.
Neste 1º semestre não tive nenhuma crise de renite o qualquer outra coisa e ainda consegui iniciar atividades físicas e VIVER a minha pessoal.


# Bibliografia
Vídeo-aula 21: A complexidade da constituição docente
Vídeo-aula 22: O professor leitor
COLELLO, S. & SILVA, M. S. Profesores alfabetizadores: de la realidad profesional a las perspectivas de formación docente. In Notandum 17. São Paulo/Porto: Mandruvá, 2008.
___________. Para onde vai a profissão docente. In Revista Ibero Americana de Educación 52, Madrid: OEIL, Enero – abril/2010.
PERISSÉ, Gabriel. A leitura observada.
______________. Para uma definição de ‘leitura educadora.
______________. O problema da leitura e a leitura dos problemas.

Estigma (5ª semana)


Unidade 4 - Profissão docente e educação inclusiva
Disciplina: Educação especial/inclusiva: possibilidades, avanços e desafios
Semana 5 (10 à 16/07/12)


O todo pela parte


As reflexões desta semana começaram com a linda história do livro Pedro e Tina: Uma amizade muito especial, relatando como pode existir amizade entre pessoas com características totalmente diferentes, mostrando assim a importância das relações no processo de inclusão.

Nestas vídeo-aulas definiu-se, também, o que é Estigma, segundo Goffman: "Situação do indivíduo que está inabilitado para aceitação social plena." Sendo assim, a questão do estigma depende do outro, pois trata da aceitação do outro, o estigma faz com que se perceba apenas a deficiência não permitindo a visão dos aspectos positivos. É preciso, portanto, uma relação de linguagem e não de atributos.

Dentro dessas discussões não podemos nos esquecer das relações das crianças que são intensas e com várias possibilidades, é preciso romper com a lógica e passar a focalizar como é que se dão os processos através dos quais o desenvolvimento ocorre.

# Vivência
O estigma é uma discussão importantíssima, já que a escola é palco, muitas vezes, de exclusão.
Costumo dizer aos meus alunos do Ensino Médio que a escola é, por diversas vezes, cruel e pode traumatizar crianças e jovens, e me refiro aqui a todos os alunos sendo portadores de necessidades ou não.
Devemos ficar atento a isso, para não "formarmos" adultos rancorosos e por vezes vingativos.


# Bibliografia
Vídeo-aula 19 : O todo pela parte
Vídeo-aula 20: A complexidade no estudo dos processos desenvolvimentais humanos
Vídeo de apoio: O olhar do educador
GOFFMAN, E. Estigma - Notas sobre a manipulação da identidade deteriorada, 1980.
Scorsolini-Comin, F., & Amorim, K.S. Em meu gesto existe o teu gesto: corporeidade na inclusão de crianças deficientes. Psicologia: Reflexão e Crítica (UFRGS. Impresso), v. 23, p. 261-269, 2010.
AMORIM, K. S.; Rossetti-Ferreira, M. C., & Silva, A. P. S. Rede de Significações: alguns conceitos básicos. In: M.C. Rossetti-Ferreira; K.S. Amorim; A. P. S. Silva; A.M.A.Carvalho. (Org.). Rede de Significações e o estudo do desenvolvimento humano. 1a. ed. Porto Alegre: Artmed, , v. , p. 23-33, 2010.

Cidade educadora (5ª semana)



Unidade 4 - Profissão docente e educação inclusiva
Disciplina: Profissão docente
Semana 5 (10 à 16/06/12)

O professor e a cidade educadora
O professor utiliza os equipamentos e obras de arte presentes no espaço público com o objetivo de expandir o universo cultural dos estudantes. Preparando assim, os alunos para a visita com aulas sobre os conteúdos na escola, propondo trabalhos práticos e reflexivos.

Um exemplo de espaço público para ser trabalhado pelos professores é a Estação da Luz


O aluno aprende a ver o entorno público e o frequenta informado sobre seus conteúdos que não são revelados pela simples observação.

Grafite nas ruas da Vila Madalena


A escola e as instituições culturais
As instituições culturais reúnem objetos de arte interessantes às aprendizagens escolares, podendo ser visitados fisicamente ou visualmente. Esses objetos que são acervos eles trazem conteúdos de diversas áreas escolares, podendo ser utilizado em diferentes atividades na escola, ampliando a visão, o conhecimento e por muitas vezes o interesse dos alunos.

Memorial da resistência em SP



# Vivência
A prática docente que envolvem lugares públicos e instituições culturais é excelente, transporta os alunos para dentro do conteúdo tornando tudo mais real e mais interessante, porém no dia-a-dia das escolas particulares a cobrança sobre o conteúdo e o término dos materiais didáticos, prejudicam essas atividades amarrando nós professores à uma escola conteudista.


# Bibliografia
Vídeo-aula 17: O professor e a cidade educadora
Vídeo-aula 18: A escola e as instituições culturais
Vídeo de apoio: Cidade Educadora (TV Univesp)
Material didático área de ação educativa Museu lasar Segall Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN Ministério da Cultura- MinC, 2005
Disponível em: http://www.museusegall.org.br/img/upload/PDFs/MD_MLS2005.pdf

Educação especial e EJA (4ª semana)

Unidade 4 - Profissão docente e educação inclusiva
Disciplina: Educação especial/inclusiva: possibilidades, avanços e desafios
Semana 4 (03 à 09/07/12)

Como anda a educação especial no país?
De 1998 à 2008: houve um crescimento enorme de matrículas de alunos portadores de necessidades especiais, há no Brasil cerca de 2.850.000 crianças portadoras de necessidades o que comprova que estamos muito longe de atender todos os alunos portadores de deficiência.

A dificuldade de acesso a informações, a única que possui esse registro são as escolas especiais, isto é, não há registros dificultando um diagnóstico dessas crianças e de suas necessidades. Não diferenciando os graus de deficiência, o professor e a escola possui uma limitação em produzir um diagnóstico, por isso deve ser realizado por especialistas como psicólogos.

Atualmente 60% dos deficientes inseridos na escola são meninos o que levanta diferentes questionamentos. As crianças não estão permanecendo nas escolas regulares, já nas escolas especiais elas permanecem por vezes pelo resto da vida.

A trajetória do aluno portador de deficiência é extremamente irregular, pois muitas escolas não estão prontas para fornecer todo o "aparato" que esse aluno precisa, sendo assim, apenas 0,42% dos alunos com necessidades educativas especiais conseguem a certificação e observamos, também, que a Educação de Jovens e Adultos acabou, entre outras coisas, auxiliando na formação destes alunos.


# Vivência
A falta de diagnóstico especializado, feito por psicólogos, prejudica muito o trabalho do docente com os alunos portadores de necessidades educativas especiais.
Mas não basta ter um relatório ou um registro se estes não forem utilizados no planejamento, a vivência que eu tive ao lecionar para turmas com alunos de inclusão me fizeram ter certeza de que há, ainda, um longo caminho até se realizar a inclusão de fatos.
Por vezes tive alunos que não tinham diagnóstico e na prática fui descobrindo as deficiências que possuíam, aqueles que tinha diagnóstico não tinham uso durante o planejamento, devido ao acumulo de funções. Vale a pena refletir sobre a infraestrutura fornecida para que haja de forma efetiva a inclusão.

# Bibliografia
Vídeo-aula 15: Como anda a educação especial no país??
Vídeo-aula 16: Trajetórias escolares de deficientes e a EJA: a questão do fracasso escolar.
PRIETO, R.G. & SOUSA, S.Z.L.. Educação especial no município de São Paulo: acompanhamento da trajetória escolar de alunos no ensino regular. Rev. bras. educ. espec. [online]. 2006, vol.12, n.2, pp. 187-202.
Plano Nacional de Objetivos. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/leis_2001/l10172.htm

Várias relações que podem levar ao fracasso escolar (4ª semana)

Unidade 4 - Profissão docente e educação inclusiva
Disciplina: Profissão docente
Semana 4 (03 à 09/06/12)

A construção do fracasso escolar
Há várias provas que comprovam o fracasso escolar dos alunos brasileiros, por exemplo: ENEM, SARESP, etc. Muitos explicam este fracasso com explicações reducionistas => o aluno e sua família (ele não tem uma família estruturada) ou a escola ou o mundo (nós vivemos numa sociedade corrompida).

Dimensões do não aprender e desafios do professor
=> RELAÇÃO aluno - mundo => os valores da sociedade ($) X o conhecimento => resgatar o valor do conhecimento, bem que merece ser conhecido.

=> RELAÇÃO escola - mundo => o mundo mudou, a sociedade mudou, a escola está numa redoma, isto é, o mundo está num desenvolvimento de tecnologia e linguagem, e muitas vezes a escola e os professores param no tempo numa "escolinha de antigamente" => muros da escola muito fechado, é preciso buscar a sintonia do conteúdo com o mundo "real".

=> RELAÇÃO escola - aluno => metodologias: práticas mecânicas (tentam ensinar sem despertar o gosto ao estudo), falta de dialogar (o professor está frustado e o aluno não entende o seu erro => falta de diálogo), práticas discriminatórias não respeitando as diversidades culturais.

A lógica do não aprender: => Dimensão cultural
                                        => Dimensão social
                                        => Dimensão pedagógica
                                        => Dimensão política
Não podemos esquecer do risco de aprender, mas não se tornar crítico ou não gostar daquilo que aprende.

Processos de aprendizagem e implicações para a prática docente
Mitos sobre a aprendizagem: aprendizagem é consequência do ensino/aprendizagem se faz em etapas que podem ser controladas pelo ensino linear, cumulativo, fragmentado e inflexível. Sendo assim, aprender é diferente de usar o conhecimento.

Instâncias na construção do conhecimento
SUJEITO => OUTRO (na relação com outro se dá a aprendizagem) => UNIVERSO SOCIOCULTURAL => CIÊNCIA (nem sempre chega no aluno) => ESCOLA: tem função de passar por todos esses espaços, fazendo isso, através de três dimensões: cognitiva (=fazer), afetiva (=querer) e funcional (=poder fazer).
Com tudo isso, fica claro que o papel do professor é a interação, a mediação e a linguagem.

"Felizmente as crianças de todas as épocas e de todos os países nunca esperam completar 6 anos e ter uma professora à sua frente para começarem a aprender" (Emília Ferrero)

A construção da aprendizagem é pessoal a partir das experiências vividas sob forma de um processo complexo e multifacetado, podendo ser comparado com uma rede.

O ciclo, segundo Piaget, sobre a aprendizagem ocorreria da seguinte maneira:

SITUAÇÃO PROBLEMA => CONCEPÇÃO E SABERES => HIPÓTESES => ANTECIPAÇÃO

DOS RESULTADOS => TESTE VERIFICAÇÃO EXPERIÊNCIA =>

SURPRESA/DESAPONTAMENTO => DESEQUILÍBRIO COGNITIVO => CONCEPÇÃO E

SABERES

A partir deste ciclo a função do professor se estabelece entre a ação e a reflexão, com o que chamamos de intervenção. Sendo assim, a verdadeira aprendizagem é uma engrenagem com três aspectos: aprender, tornar-se usuário do conhecimento no contexto de vida e conquistar o status de cidadão crítico e socialmente participante.


# Vivência
De todo o conteúdo visto esta semana, o que mais me identifiquei foi com a relação do aluno com o mundo, que afirma a necessidade do aluno querer e compreender que o conhecimento é positivo e significativo para o futuro. 
Na primeira reunião de professores que tive este ano, falávamos exatamente disso, uma colega de profissão usou o seguinte termo que acredito simbolizar bem toda essa discussão: "Precisamos virar a chavinha para que os alunos percebam o quanto é bacana aprender e ser responsável, já que hoje o legal é não gostar de tudo isso".


# Bibliografia
Vídeo-aula 13: A construção do fracasso escolar: os mecanismos do não aprender e os desafios do professor
Vídeo-aula 14: Processos de aprendizagem e implicações para a prática docente
Vídeo de apoio: Univesp TV
COLELLO, Silvia. A formação de professores na perspectiva do fracasso escolar, In Revista Internacional d`Humanitats 5, Barcelona: Mandruvá, 2002.
______________. A pedagogia da exclusão no ensino da língua escrita, In VIDETUR 23, Porto: Mandruvá, 2003.
______________. Histórias do não escrever: das cenas aos bastidores, In International Studies on Law and Educatios 7. São Paulo: mandruvá, 2011.
______________. A construção do conhecimento no ensino da língua escrita: da teoria prática, In Revista Internacional d´Humanitats 13. São Paulo/Barcelona: Mandruvá, 2007.

Linha do tempo: legislação, diretrizes e declarações (3ª semana)

Unidade 4 - Profissão docente e educação inclusiva
Disciplina: Educação especial/inclusiva: possibilidades, avanços e desafios
Semana 3 (27/05 à 02/07/12)


Legislações, declarações e diretrizes

O objetivo dessa aula é apresentar alguns documentos nacionais e internacionais, apresentar e discutir referências legais sobre o direito a educação de alunos com NEE (Necessidades Educativas Especiais), refletir o uso das referências legais como instrumento do professor.
 

ð  1944: Declaração Universal dos Direitos Humanos (ONU)
ð  1990: Conferência Mundial sobre Educação
ð  1994: Conferência de Salamanca





Todas essas conferências e legislações que surgiram a partir daí, são frutos de um contexto histórico, buscando uma sociedade mais justa e apresenta uma educação como lugar de exercício da cidadania.


ð  1988: Constituição Federal do nosso país, afirmando o direito ao acesso à educação.
ð  1996: Leis de diretrizes e bases
ð  2000: Lei 10.098 estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida.
ð  2001: Plano nacional de educação
ð  2002: Lei 10.436 que reconhece a língua de sinais como um direito do aluno portador de necessidade.
ð  2007: Política Nacional de Educação Especial, na perspectiva da Educação Inclusiva => educação especial como apoio ao ensino regular.

As legislações nacionais também partem do contexto histórico e são frutos de embates, por isso, caminham para frente e voltam por muitas vezes. O professor deve buscar praticar essas legislações com diversas ações começando com o conhecimento dessas leis.

Como vem organizada a educação especial no país?
ð  1854: Imperial Instituto dos meninos cegos, posteriormente (1891) chamado de Instituto Benjamim Constant => voltada para os meninos e segue o modelo Europeu de escola iniciada em casas com professor capacitado.
ð  1857: Imperial Instituto dos Surdos-Mudos, posteriormente (1957) chamado de Instituto Nacional de Educação dos Surdos => possui as mesmas características descritas acima sobre os Institutos de cegos.
ð  Já o atendimento aos deficientes mentais era realizado em asilos e manicômios, com maior cuidado e proteção das pessoas se confinadas em ambientes separados. A educação estava vinculada aos serviços de higiene mental e saúde pública.
ð  No final da década de 50 essa visão começa a modificar os espaços de educação surgindo: escolas especiais, classes especiais, instituições especializadas e princípios da Integração.
ð  No século XX a educação é de inclusão. Essas salas não devem ser apenas um espaço de socialização, devendo ter atividades pensadas para estes alunos, coisa que muitas vezes os professores não estão preparados para isso e não possui a infra-estrutura necessária.


# Vivência

Durante um bom tempo, devido as experiências que tive, fui a favor de separar os alunos portadores de necessidades em outro período para melhor atendimento e ensino de conteúdo, ficando sobre responsabilidade das salas regulares apenas a socialização.
Hoje, percebo que este pensamento e completamente equivocado, já que foram anos de luta até alcançar esse direito, sendo assim, a crítica deve ser feita as escolas como um todo, isto é, direção, estrutura, professores, familiares e etc, que alcançaram este objetivo, mas não fornecem o suporte para mantê-lo.




# Bibliografia
Vídeo-aula 11: Legislações, declarações e diretrizes.
Vídeo-aula 12: Como vem sendo organizada a educação especial no país??
Vídeo de apoio: Eficiente ou Deficiente?
Lei Nº 10.172, de 9 de janeiro de 2001 - Aprova o Plano Nacional de Educação e dá outras providências. 

Prática pedagógica (3ª semana)

Unidade 4 - Profissão docente e educação inclusiva
Disciplina: Profissão docente
Semana 3 (27/05 à 02/06/12)



Modelos de Ensino das concepções docentes às práticas pedagógicas

 Prática pedagógica => cume do iceberg o que aparece
Fundamentos do projeto educativo => aquilo que é maior, mas não aparece

A prática deve ser subsidiada por alguma diretriz, isto é, a prática pedagógica não é neutra sempre há alguma intenção, caso contrário se “perde” no meio do caminho.
Para entendermos melhor as diferentes formas de práticas pedagógicas devemos compreender as duas formas de ver o mundo.

ð  FIXISMO => as coisas não mudam => ESSENCIALISMO => o ser humano tem uma essência que não pode ser modificada => INATISMO (o ser humano “já vem pronto”) e EMPIRISMO (o ser humano é como um papel em branco).
ð  TRANSFORMISMO => o mundo está sempre em transformação => RELACIONISMO => o ser humano se constitui a partir das relações, há características “pessoais” mas são desenvolvidas após as relações => CONSTRUTIVISMO (ser humano que aprende a partir das suas experiências).

Empirismo

“Abre a cabeça” e joga todas as informações, educação de fora para dentro. O conhecimento é definido a priori, sem participação do aluno => Escola Tradicional

 Inatismo
O homem é como uma semente que traz em si o potencial de ser. Sendo assim, a medida que o ser humano vai aprendendo ele vai revelando o que tem dentro de si, o professor é um facilitador => Escola Summerhill

Construtivismo
Acredita no homem como ser ativo e inteligente dentro do processo de ensino-aprendizagem, isto é, o aluno busca o conhecimento (construção progressiva, a partir de experiências do próprio aluno/realidade). É mediado pela interação entre as pessoas.

A relação entre professor e aluno
Para trabalhar a relação entre professor e aluno se fez necessário compreender três conceitos:
1)      Experiências reversíveis => duas realidades distintas que se unem. Continuam sendo diferentes, mas não estão uma fora da outra => Há uma união sem fusão.


2)      Encontro => quando entramos em jogo com uma realidade que tem algum tipo de iniciativa, promovendo um enriquecimento mútuo.


3)      Objeto (nível 1) pode ser usado, descartado, manipulado. No nível 2 quando é possível realizar um encontro.

 








Sendo assim, a sala é vazia e se transforma em sala de aula apenas quando ocorre o encontro, isto é, a importância, a reciprocidade, entre objetos e pessoas.



# Vivência

Nesta semana minha experiência vai se voltar ao “modismo” que existe atualmente sobre o Construtivismo, como diz a Profª Silvia Colello, se essa prática fosse desenvolvida de forma positiva seria perfeito, mas, infelizmente, não foi vivencia que tive.
Trabalhei como estagiária na época da graduação numa escola de renome na grande São Paulo que se intitulava Construtivista, mas ao longo dos meses que permaneci nesta instituição o que pude ver, foi uma educação voltada para o vestibular, sendo as melhores colocações propagandas ótimas para a escola e seus donos, pouco se fazia com relação a cidadania ou a comunidade do entorno da escola, continuando com uma educação que reproduz o sistema já existente e que não parte da vivência dos alunos.


# Bibliografia
Vídeo-aula 9: Modelos de ensino: das concepções docentes às práticas pedagógicas
Vídeo-aula 10: A relação entre professor e aluno
Vídeo de apoio: Lapef : Física no Ensino Fundamental
PERISSÉ, Gabriel. Um professor professor.
______________. As Experiências Reversíveis segundo López Quintás - Análise de um Poema de Cassiano Ricardo. Doutorando em Educação (FEUSP). 

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Diversas visões sobre a inclusão (2ª semana)


Unidade 4 - Profissão docente e educação inclusiva
Disciplina: Educação especial/inclusiva: possibilidades, avanços e desafios
Semana 2 (20 à 26/05/12)


Crianças e jovens com necessidades especiais na escola – dialética da inclusão/exclusão
Devemos pensar a inclusão escolar dentro da perspectiva de que há diversos sujeitos dentro de uma sala de aula com suas opiniões e experiências, nesta aula refletimos 4 perspectivas diferentes:
1)      O ponto de vista dos familiares => ressalta a recusa das escolas que ainda existe e a inclusão nas salas regulares que muitas vezes não alcançam as competências por não ter estrutura ou atenção cabível.


2)      O ponto de vista do professor => ressalta o discursivo pejorativo que ainda existe por parte da coordenação/direção da escola, além da falta de estrutura proporcionada pelas escolas para se realizar um trabalho de inclusão. Alegando ainda, que a dificuldade de lidar com a inclusão vêm da falta de convívio com os portadores de necessidades educativas especiais no nosso cotidiano.


3)      O ponto de vista da coordenação/direção escolar => ressalta a falta de capacitação (=formação) do professor para lidar de forma qualitativa com este aluno, isto é, o docente se volta de forma mais efetiva para a socialização. As famílias não confiam de forma plena nas escolas regulares, já que convivem mais em ambientes hospitalares.


4)      O ponto de vista do aluno => homogeneizado, isto é, incluído de uma forma excludente.


Contradições de valores na escola: entrelaçados da história com a história da educação e da educação especial
A inclusão não é uma imposição, mas sim uma reivindicação de uma classe que quer ter direito à escola.

 
ð  Em 1950: surgimento de instituições não governamentais.
ð  Em 2000: passa a surgir legislação a esse respeito.
ð  Em 1990: processo de eugenia, isto é, a busca pelos melhores alunos, auxiliado, é claro, pelo momento histórico político.
ð  Em 1920: escola para poucos, 41 crianças de 1000 frequentavam a escola.
ð  Em 1930: reivindicação dos portadores de necessidades especiais ao acesso a escola.
ð  Em 1971: escola como forma de organização da população, formando a partir daí planejamentos e capacitação tomada como função do Estado.
ð  Declaração de Salamanca: um marco na luta da educação para todos.



# Vivência
A falta de estrutura da escola faz da inclusão perversa, comprovei isso ano passado quando tive uma turma de 16 alunos, sendo 4 com deficiência especial. Por não ter auxiliar e estar numa turma com o principal foco na alfabetização, muitas vezes, eu não conseguia aplicar se quer uma atividade para estes 4 alunos, sendo a sua inclusão voltada de forma mais direta para a socialização, o que se torna frustrante para o professor, para o aluno e para os familiares.



# Bibliografia
Vídeo-aula 7: Crianças e jovens com necessidades especiais na escola – dialética da inclusão / exclusão.
Vídeo-aula 8: Contradições de valores na escola: entrelaçados da história com a história da educação e da educação especial.
Vídeo de apoio: As revoluções educacionais
Vídeo de apoio: Conhecimento em rede
Vídeo de apoio: Filhos do silêncio
Vídeo de apoio: Deficientes físicos dançando
SILVA, S.C., & ARANHA, M.S.F. (2005). Interação entre professora e alunos em salas de aula com proposta pedagógica de educação inclusiva. Rev. bras. educ. espec. [online]. 11(3), 373-394.
Roriz, T.M.S., Amorim, K.S. & Rossetti-Ferreira (2005). Inclusão social/escolar de pessoas com necessidades especiais: múltiplas perspectivas e controversas práticas discursivas. Revista de Psicologia USP, vol. 16, p. 167-194.
Jannuzzi, G.S.M. (2004). A educação do deficiente no Brasil: dos primórdios ao início do século XXI. Campinas: Autores Associados.

Arte e cultura como forma de ensino (2ª semana)


Unidade 4 - Profissão docente e educação inclusiva
Disciplina: Profissão docente
Semana 2 (20 à 26/05/12)


O papel do professor na mediação cultural
Essa vídeo-aula teve como objetivos centrais:
- Desmistificar a arte como objeto acessível a poucos;
- Desconstruir a arte como conhecimento distante do cotidiano;
- Promover a consciência sobre o valor da arte na sociedade e na vida dos indivíduos.


A arte e a cultura é muito importante no processo de ensino-aprendizagem do aluno, pois incentiva sua própria criação e a prática do senso crítico dentro da sociedade, este processo tem como grande colaborador os temas transversais.

O professor e a diversidade cultural na sala de aula
A diversidade cultural é facilmente observada nas salas de aula e no nosso cotidiano, por isso, “ensinar sobre a diversidade cultural é respeitar o direito dos povos de manifestar, documentar e preservar sua cultura”. Sendo assim, cabe ao professor evidenciar e considerar as influências culturais na arte de cada povo.




# Vivência

É extremamente significado compreender que a sala de aula é formada por diversas culturas e que isso pode tornar o trabalho mais fácil ou extremamente difícil.
Tenho 3 turmas de Ensino Médio (1º, 2º e 3º) cada uma com 40 alunos, o consenso na grande maioria das vezes não existe, pois são 40 opiniões, experiências e até mesmo culturas diferentes. Consegui realizar um trabalho com estas turmas a partir do momento que trouxe para eles aspecto e hábitos comuns a grande maioria do grupo, mas se eu estivesse fechada aos estímulos que eles me deram não sobreviveria até o final do ano.



# Bibliografia
Vídeo-aula 5: O papel do professor na mediação cultural
Vídeo-aula 6: O professor e a diversidade cultural na sala de aula
IAVELBERG, Rosa. Interações entre a arte das crianças e a produção de arte adulta. 
________________. Construção de conhecimento artístico e didático na formação de professores. Faculdade de Educação, USP.