quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Ansiedade, stress e depressão (7ª semana)

Unidade 2 - Educação comunitária, saúde e cidadania
Disciplina: Saúde na escola
Semana 7 (04 à 10/12)


Stress e Ansiedade


Os diversos estímulos e o bombardeio de informações que as crianças e os adolescentes do século XXI estão expostos, causam uma maior pressão, maior cobrança e maior competitividade, deixando de lado a cooperação e a solidariedade.

Dentro deste contexto podemos iniciar as discussões sobre ansiedade e stress, trata-se da reação do organismo diante de situações difíceis ou excitantes, sendo que qualquer pessoa está sujeita a isso, seja criança, adulto ou adolescente.

Definições:

- Ansiedade: característica biológicas e psicológicas que antecedem momentos de perigo (real ou imaginário), marcada por sensações corporais desagradáveis.

- Stress: os fatores podem ser internos, característica da personalidade, ou externos, mudanças significativas na vida das crianças. Se não tratado na infância pode levar a doenças mais sérias, como: asma, bronquite, depressão, fobia, entre outros.

O papel do professor neste sentido é conhecer e motivar os alunos, incentivar as perguntas, escutá-los sem julgamentos, promover a autoconfiança, respeitar o ritmo de cada aluno, desenvolver atividades em grupo e de relaxamento. É muito importante, também, que o professor se lembre que é um exemplo, por isso, deve evitar trazer para a sala de aula as suas frustrações e stress.

Depressão

A depressão é um transtorno de humor ou afeto, que leva a sentimentos de tristeza profunda, associado com sintomas fisiológicos e cognitivos na pessoa. Trata-se, ainda, de um conjunto de sintomas que deve durar por mais de 1 mês, isto é, não são sintomas isolados com curta duração.

As causas que levam a depressão são multifatoriais, sendo de caráter biológico, psicológico e sócio-cultural. Sendo os seus fatores de risco: história familiar de depressão, sexo feminino, episódios anteriores de depressão, acontecimentos estressantes, dependência de droga, violência doméstica, elevada exigência acadêmica.

Alguns de seus sintomas são: tristeza, falta de motivação, solidão, humor deprimido, irritável ou instável, mudanças súbitas de comportamento, mudança de apetite, dificuldade de se divertir, tédio, preferência por atividades individuais, queixas físicas, pensamento de morte, ideias de suicídio, sentimento de culpa, baixo autoestima, hipoatividade, linguagem prejudicada, choro excessivo.

Dentre as crianças e adolescentes a principal consequência da depressão é o comprometimento do desenvolvimento e do funcionamento social. Seu tratamento, assim como outros transtornos trabalhados nesta disciplina, envolve uma rede social, isto é, um grupo de ajuda formado por familiares, médicos, amigos, professores, entre outros.


# Vivência
A ansiedade e o stress é evidente nos alunos de 5-6 anos em fase de alfabetização, já que o conteúdo que devem aprender começa a se tornar complexo e ao mesmo tempo seus pais e familiares almejam muito o sucesso deles nesta faixa etária.
Por algumas vezes, presenciei crianças chorando por não conseguir concluir um ditado se taxando de incapazes. Trata-se, então, de um trabalho delicado que deve ser realizado com muita calma e paciência.
Além disso, as minhas inquietações quando levadas para dentro da sala de aula ocasionavam a agitação dos alunos, pois é mais do que certo que somos os espelhos deles.





# Bibliografia
Vídeo-aula 27: Stress e ansiedade na infância e na adolescência
Vídeo-aula 28: Depressão na infância e adolescência
NOVAES LIPP, M. E. Como Lidar Com O Stress Na Criança.
Disponível em:
Depressão Infantil: Estratégias De Intervenção Psicopedagógicas
Artigos sobre depressão infantil

Trabalho em rede (7ª semana)

Unidade 2 - Educação comunitária, saúde e cidadania
Disciplina: Educação comunitária e para a cidadania
Semana 7 (04 à 10/12)

Como última aula da Unidade II do curso de especialização Ética, valores e cidadania na escola, a Profª Patrícia Grandino da EACH - USP, trouxe uma discussão sobre a importância do trabalho em rede.

Para iniciar o debate se faz necessário entender o contexto contemporâneo e as tensões existentes. No século XXI somos bombardeados por inúmeras informações, com isso o nosso ritmo de vida é frenético e extremamente competitivo, surgindo assim tensões, como:

- Cultura de massa X cultura local => perde-se o caráter individual, em contra partida busca-se a valorização da identidade através da cultura local e dos grupos.
- Tradição X modernidade => a grande evolução e acesso aos meios de comunicação em massa como internet, TV, etc., levaram a facilidade da informação e trouxeram contextos novos, que vivem em paradoxo com a tradição.
- Competição X igualdade de oportunidades => falta de oportunidades igualitárias leva a uma competição destrutiva, mesmo esta podendo ser positiva e incentivadora.

Sendo assim, comunidade pode ser definida como realidade social que garante a permanência de laços sociais mais estreitos, isto é, locais de afirmação da identidade de seus grupos. O convívio nessas comunidades traz uma maior identidade do indivíduo com relação ao grupo, havendo ali a presença de afeto e sentimento gerando potencialidade de solidariedade.

Em suma, o trabalho em rede se torna importante e necessário, como forma de alternativa para um ensino de qualidade, potencializando outros recursos da comunidade, fortalecendo a implicação dos diferentes atores de uma comunidade, problematizando as questões emergentes da comunidade coletivamente e identificando estratégias de enfrentamento compartilhadas.

Um ótimo exemplo desta ação é o projeto Uh-Batuk-Erê, apresentado pelo Profº Edson Azevedo e realizado numa escola da rede municipal de São Paulo, na zona norte do município.

Ao avistarem os problemas de preconceito e identidade que os alunos e a comunidade apresentavam, os professores começaram as discussões que levaram a intervenção através de um projeto artístico, buscando com isso, um diálogo com os alunos, levando em conta toda a multiculturalidade existente neles e na sua comunidade. Tal iniciativa foi dividida em frentes:

1) Frente de formação e oficinas;
2) Fóruns comunitários;
3) Trilhas culturais => perceber os pontos positivos e negativos do entorno da escola;
4) Trilhas de observação => perceber as necessidades do entorno da escola;
5) Apresentações => internas e externas;
6) Protagonismo => jovens assumindo o papel de agentes das ações.

As conquistas com este projeto foram inúmeras, como: menções honrosas, diálogo permanente com os alunos e com a comunidade, mudanças na relação com o grupo, redução do preconceito, entre outras. O Profº Edson deixou clara a mensagem de que a Educação tem responsabilidade comunitária.


# Vivência
Gostaria de utilizar esse espaço, esta semana, para elogiar as práticas apresentadas no decorrer deste curso de especialização. Sem dúvida elas deram ânimo a minha vida profissional, mostrando que pode ser difícil a sua realização, mas não impossível.
Em especial nesta disciplina Educação comunitária e para a cidadania, minha experiência profissional foi quase nula, na verdade nunca havia pensado nestas possibilidades, nem as escolas as quais tenho contato. 
Chego a conclusão, que indiferente da classe social, o entorno da escola, a comunidade em que está inserida é de extrema relevância para o processo de aprendizagem das crianças e/ou adolescentes.




# Bibliografia
Vídeo-aula 25: Relação com as comunidades e a potência do trabalho em rede
Vídeo-aula 26: Uh-Batuk-Erê: Uma ação de comunidade
GRANDINO, P. J. Atenção em rede: O psicólogo e a comunidade.

Substâncias psicoativas e a influência da mídia (6ª semana)

Unidade 2 - Educação comunitária, saúde e cidadania
Disciplina: Saúde na escola
Semana 6 (27/11 à 03/12)


Substâncias psicoativas


O uso do termo substâncias psicoativas é mais adequado, pois abrange todas as substâncias que alteram o sistema nervoso central dando uma sensação prazerosa. Usar o termo droga dá a impressão de tratar apenas de substâncias ilícitas.

O efeito causado por estas substâncias são diferentes, pois o que os usuários buscam são sensações subjetivas e diversas, como baixar a ansiedade, sensações alucinógenas, etc. Estudos recentes vem ampliando a ideia dos fatores que causariam o uso de substâncias psicoativas, antigamente falava-se apenas em componentes ambientais e sociais, com as novas pesquisas se acrescentou componentes biológicos e genéticos.

Toda esta discussão, entre os estudiosos, foi muito positiva, pois reduziu o esteriótipo criado para os dependentes químicos, alegando que apenas os fracos, aqueles que não conseguem enfrentar alguma situação da vida, utilizam e se tornam dependente de drogas.

Um alerta que a Profª Renata Azevedo traz é que mesmo com tantos esclarecimentos oferecidos nos dias de hoje, o uso de substâncias psicoativas tem crescido nos últimos anos e o que é mais grave os adolescente começam a experimentar as drogas (lícitas e ilícitas) cada vez mais cedo.

Renata levanta três motivos, que explicariam estes dados alarmantes, são eles:

1) Início do uso na adolescência, período que o jovem está desenvolvendo sua opinião e formação. A curiosidade é um grande fator no processo de iniciação do uso de substâncias psicoativas;
2) Adolescentes com maior vulnerabilidade ao uso de substâncias psicoativas, devido ao seu contexto, baixa autoestima, timidez, má estrutura familiar, entre outros.
3) Coerência dos pais e/ou responsáveis, já que, muitas vezes, passam a ideia de consumismo, isto é, tudo é resolvido com alguma compra ou mesmo com o uso de álcool, tabaco, etc., acabando por incentivar os filhos com as mesmas ações

Mídia e comportamento

Como dito anteriormente, a infância e a adolescência é um período de grandes transformações físicas e psíquicas. Sendo também, um período dinâmico onde se estabelece atitudes, conceitos e valores, formando assim, condutas, portanto, trata-se de um período de maior vulnerabilidade.

Ligado a esta ideia, temos que definir a palavra socialização, trata-se do processo do qual o ser humano interioriza valores, crenças, atitudes e normas de conduta que são próprias do seu grupo social ou sociedade. Sendo assim, o adolescente busca o seu espaço dentro da socialização, através de relações, de grupos ou mesmo da mídia.

A mídia se torna, portanto, um grande meio de socialização, já que não segrega e fornece diversos valores (morais ou não), influenciando as crianças e os adolescentes, com modelos de conduta, informações e conhecimentos selecionados e fornecendo estímulos.

É evidente que toda esta influência terá um impacto negativo, ocasionando:

- Atraso no desenvolvimento neuropsicomotor;
- Sexualidade => desenvolvida precocemente, devido a falta de conversa em casa e na escola, tornando a mídia a única educadora sexual;
- Violência => demonstrado por diversos estudos, ocasionando problemas físicos e mentais, condutas agressivas, dessensibilização à violência, medo, depressão, pesadelos e distúrbios de sono;
- Transtornos alimentares;
- Problemas escolares;
- Uso de drogas.

É claro, que a mídia pode oferecer influências positivas, dependendo do programa, do assunto, etc., mas não se pode esquecer que a dependência das crianças e adolescentes a ela, tem substituído outras atividades que seriam saudáveis e produtiva, como esportes, visita a museus, etc.




# Vivência
A minha experiência desta semana, remete a influência da mídia na vida das crianças e dos adolescentes.
Nas duas faixa etária que trabalhei era visível a influência da mídia no contexto de vida dos alunos, os menores (5-6 anos) falavam da novela como se descobrissem coisas novas a cada dia e acabavam achando normal brigas, cenas de nudez, etc., procurava sempre conversar com eles de forma clara e natural, perguntando se era certo aquelas coisas  e tentando auxiliar na sua formação de valores.
Já os maiores (13-14 anos) as discussões começam com ares de sabedoria, "tá vendo como eu sei", mas eu não proibia pelo contrário puxava a discussão para dentro do nosso contexto teórico e fazia apenas uma exigência, me convença com boas justificativas que você está certo. Acredito que essa atividade estimulava o raciocínio e o poder argumentativo.




# Bibliografia
Vídeo-aula 23: Uso de substância psicoativas
Vídeo-aula 24: Mídia e comportamento
Texto: A droga na infância e na adolescência
Disponível em: http://kplus.cosmo.com.br/materia.asp?co=72&rv=Vivencia
Texto: Consumo de substâncias psicoativas por adolescentes escolares de Ribeirão Preto, SP(Brasil). I - Prevalência do consumo por sexo, idade e tipo de substância
Disponível em: http://www.scielosp.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89101997000100005
Texto: Abuso e dependência de substâncias psicoativas na adolescência
Disponível em: http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/multimedia/adolescente/textos_comp/tc_01.html
Texto: A influência de filmes violentos em comportamento agressivo de crianças e adolescentes
Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-79722000000100014&lng=en&nrm=iso&tlng=pt

Lazer como forma de cultura (6ª semana)

Unidade 2 - Educação comunitária, saúde e cidadania
Disciplina: Educação comunitária e para a cidadania
Semana 6 (27/11 à 03/12)

Nesta semana a disciplina Educação comunitária e para a cidadania vem discutir a importância do lazer como elemento cultural e da sua relação com a comunidade, numa esfera social significativa.

Dentre as definições existente sobre lazer o Profº Ricardo Uvinha destacou dois autores Henserson e Dumazedier e suas respectivas definições.
"O conceito de lazer é difícil de limitar a uma única definição. Como uma experiência compreendida por indivíduos diante de variados contextos, o estudo do lazer tem estado envolvido em três abordagens: tempo, atividade e estado de mente"
"Um conjunto de ocupações às quais o indivíduo pode entregar-se de livre vontade, seja para repousar, seja para divertir-se, recrear-se e entreter-se (...)"
A essas definições podemos atribuir a ideia de que o tipo de atividade qualifica o estado de lazer, isto é, para algumas pessoas pescar é um lazer, mas para outras pode ser uma obrigação. E, ainda, o fato do lazer ser por muitas vezes sinônimo de tempo livre, ou seja, o tempo utilizado para não fazer nenhuma obrigação, apenas descansar.

Sendo assim, o conceito de lazer envolve os três D's: descanso, divertimento e desenvolvimento, e seus conteúdos culturais possuem diferentes interesses e interpretações, divididos em:

1) Interesses artísticos: caráter simbólico envolvendo o sentimento;

2) Interesses intelectuais: conhecimento preso a realidade, como a participação em cursos;

3) Interesses manuais: artesanato, entre outros ou atividades ligadas à natureza;

4) Interesses sociais: procura pelo relacionamento, pelo contato "face a face";

5) Interesses físicos: atividade que prevaleçam o movimento;

6) Interesses turísticos: busca por viagem e quebra de rotina.

Os pesquisadores dividiram, também, os tipos de equipamentos utilizados na produção de lazer, sendo os não específicos constituídos dos lares, das ruas e das escolas, e os específicos constituídos dos lugares construídos para o lazer, como: academia, clubes, entre outros.

Há um problema, na região de São Paulo, quanto aos equipamentos específicos de lazer, já que não são distribuídos de forma igualitária, sendo assim, algumas regiões, como a zona leste, são carentes destes recursos, isso não quer dizer que não há formas alternativas de lazer, mas reafirma as más condições vividas nas periferias.

Outra discussão trazida pelo Profº Ricardo Uvinha é a formação de grupos culturais a partir de atividades de lazer, estes compartilham de um mesmo espaço físico (interação), de uma mesma linguagem, vestimenta e até mesmo o mesmo gosto musical.

Alguns exemplos de "grupos de lazer":
             
               Dançarinos de funk                                               Esportes radicais
 Skatistas


# Vivência
Acredito que o lazer é extremamente importante para o desenvolvimento do aluno, pois envolve a cultura e o contexto histórico-social que ele está inserido.
Infelizmente, a minha experiência sobre este assunto é negativa, já que a equipe pedagógica integrante da última escola que trabalhei não autorizava passeios que tivessem por objetivo o lazer, diziam que essa era uma obrigação dos pais e seria uma responsabilidade muito grande para assumir.
Sendo assim, não haviam passeios "ditos para o lazer", nem atividades que os alunos gostavam e que desenvolviam apenas o gosto musical, as conversas ou até mesmo as paquerinhas.



# Bibliografia
Vídeo-aula 21: Lazer, cultura e elementos comunitários
Vídeo-aula 22: Lazer, juventude e esportes
UVINHA, R. R. Juventude, lazer e esportes radicais. São Paulo: Manole, 2001.
Portal da Revista Espaço Acadêmico (Universidade Estadual do Maringá – UEM): Juventude e adolescência na sua relação com o campo do lazer n. 75, ago/2007, a. VII, ISSN 1519-6186
Disponível em: http://www.espacoacademico.com.br/075/75uvinha.htm
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quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Violência na escola e Bullying (5ª semana)

Unidade 2 - Educação comunitária, saúde e cidadania
Disciplina: Saúde na escola
Semana 5 (20 à 26/11)


Violência na escola




A adolescência é um momento crítico da vida do ser humano no qual ocorre intensas mudanças biológicas, cognitivas, emocionais e sociais, e se decide padrões de comportamento, sendo assim, um período de grande vulnerabilidade.

Diferentes problemas podem levar a um caráter agressivo, como pertubações emocionais e cognitivas ou problemas comportamentais, levando a um distúrbio de conduta, trata-se de um padrão de comportamento anti-social repetitivo. Além disso, agressões físicas na infância, pode influenciar na formação de um adolescente ou adulto violento e agressivo.

O agravante desta condição de violência é a sua possível evolução e duração estendida, que pode levar a atos criminosos e um estado permanente na marginalização.

Bullying

Para compreender melhor este fenômeno, infelizmente, tão comum nas escolas do mundo todo, segue abaixo os principais pontos das discussões sobre Bullying.

- Definição: É um comportamento agressivo entre estudantes. São atos de agressões físicas, verbal ou moral que ocorrem repetidas vezes, sem motivação evidente.

- Considerações: comum nas escolas do mundo todo. Sendo mais frequente nos meninos, com atos de violência física.

- Agressores: estudantes que se consideram superiores, muitas vezes vindos de famílias desestruturadas, pais opressores, violentos e agressivos.

- Alvos: alunos tímidos, quietos e inseguros, com poucas habilidades sociais. Sendo muitas vezes de raça, etnia ou credo diferentes.

- Testemunhas: alvos indiretos de bullying. Presenciam as agressões, mas tem medo de falar, porque acham que vão sofrer a mesma agressão.

- Cyberbullying: ofensas e difamações pela internet, comum aos dias de hoje devido às grandes redes sociais que existem, normalmente ocorrem em conjunto com o bullying "presencial".

A partir de todas essas informações a Profª Paula Fernandes sugere algumas precauções para pais e professores:

- Identificação precoce;
- Informação e conscientização;
- Casos mais graves: encaminhamento médico e/ou psicológico;
- Programas anti-bullying;
- Tornar o ambiente agradável e seguro;
- Estimule a informação e o conhecimento deste comportamento;
- Promova debates na sala de aula;
- Crie comitês anti-bullying.



# Vivência
Acredito que a evidência que as campanhas de bullying deram ao assunto tiveram pontos positivos e negativos.
Positivo porque todos pelo menos já ouviram falar neste tipo de comportamento e se preocupam para que isso não aconteça.
Negativo pois a falta de maior informação faz com que alguns pais relacionem qualquer tipo de desentendimento dentro de sala de aula como bullying ou até mesmo, como tive oportunidade de presenciar, justificar ações de seus filhos os julgando vítimas de bullying.
# Bibliografia
Vídeo-aula 19: Violência na escola
Vídeo-aula 20: Bullying
Texto: Violência na escola: identificando pistas para a prevenção

Escolas multiculturais (5ª semana)

Unidade 2 - Educação comunitária, saúde e cidadania
Disciplina: Educação comunitária e para a cidadania
Semana 5 (20 à 26/11)

Alguns aspectos são fundamentais nas transformações sociais, curriculares e culturais dos dias atuais, seja dentro da escola ou no seu entorno, como tem sido trabalhado ao longo desta disciplina "Educação comunitária e para a cidadania".

O Profº Marcos Neira, buscando ampliar as discussões sobre este assunto levantou alguns pontos de extrema importância, são eles:

- Globalização: nos últimos 50 anos é sentido de forma intensa, através de produtos, músicas, tendências, entre outros, que chegam até nós com o auxílio dos meios de comunicação, nos deixando em contato com o outro o tempo inteiro;
- Contexto democrático: inclusão, palavrinha chave na educação dos dias de hoje, no século XXI temos uma escola dita para todos, trazendo para dentro da sala de aula alunos com deficiência física e psíquica, diferentes grupos sociais, movimentos populares, entre outros;
- Sociedade multicultural: a sala de aula como um espaço multicultural, trazidos pela bagagem dos diferentes alunos da escola para todos;
- Função social da escola: mudança da noção de escola. Trata-se de uma instituição social que irá proporcionar ao aluno uma vivência social, para assim prepará-lo para a sociedade.

Dentro destes conceitos foram levantados por diferentes autores as teorias curriculares, entendo por currículo toda proposta da escola ou a partir dela, divididas em três tipos:

1) Teorias tradicionais: objetiva recortar uma parte específica da história, selecionada através de grupos minoritários, e fazer chegar até o aluno, não colocando em questão o valor deste conhecimento;
2) Teorias críticas: anos 60 e 70. Questionamento dos conhecimentos trabalhados pelos currículos, como: a quem interessa este conteúdo?
3) Teorias pós-críticas: anos 80 e 90. Acredita que não é somente as relações de classe que interferem neste conhecimento, mas sim o gênero, a etnia, entre outros.

Chegando a essa teoria podemos iniciar as discussões a cerca do conceito de cultura, tão subjetivo a cada ser humano inserido em determinado tempo, espaço e relações sociais. A cultura já foi conceituada de diferentes formas ao longo dos tempos, mas hoje ela se transformou numa massa de todas as ideias anteriores, sendo: cultuar, estado de espírito, associada à razão e civilização, fator de identidade nacional e modo de produção de classe.

Há autores que tratam a cultura como um campo de lutas, onde há:

- Incorporação: incorporar o mode ver o mundo;
- Distorção: ideia não é interessante para o grupo que dará o significado, sendo distorcida;
- Resistência: a resistência à determinados padrões, etc;
- Negociação: negociar elementos para serem apropriado por outros grupos.

Todas estas definições levam a princípios curriculares, que devem estar sempre em evidencia dentro dos ambientes escolares.

1) Enraizar as identidades: as práticas tem relação com a cultura enraizada no entorno da escola;
2) Justiça curricular: equilibrar as práticas corporais dos grupos;
3) Evitar o daltonismo cultural: estamos cegos para determinados desenvolvimentos, exemplo: proporcionar a experiência da mesma forma para todos não valoriza as culturas corporais;
4) Ancoragem social dos conteúdos: brincadeiras que não tem ligação com a prática social fora da escola.

Em suma, a cultura deve ser levada em consideração de forma a respeitar e equilibrar a diversidade que existe dentro das escolas do século XXI, seja através de práticas corporais ou de estudos de campo, buscando sempre o entorno e o contato com a comunidade.

# Vivência
Tive a oportunidade de trabalhar numa escola que me dava certa liberdade pedagógica, o que tornava mais fácil as ações de protagonismo juvenil e cultura.
Muitas aulas fluíam para lados diferentes, pois as discussões, munidas das bagagens culturais de cada aluno, trazia o debate para a realidade de cada um deles. Mesmo não sendo atividades corporais, considerar a escola como um ambiente multicultural já é um grande passo para uma instituição escolar mais participativa e comunitária.




# Bibliografia
Vídeo-aula 17: Transformações sociais, currículo e cultura
Vídeo-aula 18: A valorização da cultura corporal da comunidade no currículo escolar
NEIRA, M. G. Valorização das identidades: a cultura corporal popular como conteúdo do currículo da Educação Física. Motriz, Rio Claro, v.13, n.3, pp.174-180, jul./set. 2007.
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terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Sexualidade (4ª semana)

Unidade 2 - Educação comunitária, saúde e cidadania
Disciplina: Saúde na escola
Semana 4 (13 à 19/11)


A sexualidade é um assunto fundamental para os adolescentes nos dias de hoje, muito já se evolui quanto ao pudor em trabalhar este assunto, mas infelizmente muito se tem a avançar, ainda, no século XXI.

Dados recentes, 21,1% das grávidas são adolescentes e 19,4% dos abortos são realizados por adolescentes (2007), comprovam a urgência de se falar abertamente sobre sexualidade, estamos num século que dispensa preconceitos, tabus, monólogo e pudor.

Mas é importante, também, entender o desenvolvimento da sexualidade, que está presente desde o nascimento da criança, aparecendo em diferentes zonas, são elas:

- Fase oral: primeiros anos;
- Fase anal: 18 meses a 4 anos;
- Fase fálica ou genital infantil: 3 a 5 anos;
- Fase de latência: 6 anos até a puberdade (transformação biológica e corporal);
- Fase genital adulta: a partir da adolescência (período entre infância e fase adulta).

Somada às questões biológicas, temos, ainda, as diversas práticas sexuais que tem, a cada dia que passa, se tornado mais amplas.

- Masturbação: maior incidência nos meninos. Trata-se de um elemento integrante da sexualidade, a preocupação deve ocorrer quando o adolescente não consegue realizar este ato ou na sua compulsão;
- Ficar e/ou namorar: experiência, às vezes, incompreendida pelos adultos, mas que se trata do relacionamento e da troca e descoberta do próprio corpo;
- Homossexualismo: deixou de ser um transtorno mental em 1973. Há, portanto, uma reformulação do conceito de gênero, sendo necessária e importante a sua discussão;
- Relação sexual forçada: não limita-se ao ato sexual e é mais abrangente que a violência sexual, pois pode durar por muito tempo.

Pensando em todos estes pontos, é necessário na escola as conversas e as dinâmicas, alertando sobre o uso de camisinha, métodos contraceptivos e debatendo sobre assuntos como: DST, AIDS, homossexualidade, entre outros.

É importante ressaltar que o adolescente precisa ser respeitado pelas suas opiniões e escolhas, orientar não é sinônimo de investigar e punir. Alguns países já colocaram a disposição dos adolescentes nas escolas contraceptivos, apesar de ser uma ação muito debatida, trata de maneira clara e sem pudores uma questão latente na vida dos adolescentes.

Precisamos entender que a sexualidade existe desde a infância e se não buscarmos informação e nos despirmos de preconceitos não conseguiremos trabalhar questões como esta de forma natural.



# Vivência
Na última escola que trabalhei, questões de sexualidade vinham em torno de muita polêmica e atos ditatoriais.
Como a instituição passou boa parte da sua vida trabalhando com faixa etária até 11 anos, eles não chegavam a observar mais de perto o despertar da puberdade e da adolescência, quando o colégio passou a trabalhar com essa faixa etária a equipe de profissionais não estava preparada para as questões de sexualidade e gênero o que levou a muitas ações de poder e autoritarismo.
Aos poucos os profissionais começaram a entender que o melhor a se fazer é oferecer orientação, para que os alunos passem por esta fase da melhor forma possível, mas mesmo assim, esta era feita de forma centralizada em uma única pessoa, que nas entre linhas buscava saber o que eles estavam fazendo para de certa forma vigiá-los.
Em suma, me preocupo com a formação oferecida, sobre sexualidade, à esses alunos, talvez a descoberta será na tentativa desenfreada causando assim possíveis problemas.














# Bibliografia
Vídeo-aula 15: Sexualidade na Escola
Vídeo-aula 16: Sexualidade e Prevenção de Risco
Texto: A interpretação psicanalítica da sexualidade
Texto: Sexualidade na adolescência
Texto: Prevenção nas Escolas tem como estratégia a distribuição de preservativos e a conscientização dos jovens sobre os riscos da aids e DSTs

Educação não formal (4ª semana)

Unidade 2 - Educação comunitária, saúde e cidadania
Disciplina: Educação comunitária e para a cidadania
Semana 4 (13 à 19/11)

Nesta disciplina, prosseguimos estudando como é possível tornar a escola viva e ativa na sua comunidade. Na 4ª semana a Profª. Sonia Castellar da USP, veio mostrar a cidade como projeto educativo, isto é pensar que há várias formas de se analisar a cidade, trazendo assim, diferentes atividades para o desenvolvimento dos alunos.

Sonia reafirma a ideia de cidade educadora, local onde haveria diferentes níveis de interpretação a cerca das inúmeras questões desenvolvidas no âmbito de convivência do bairro, da rua, do entorno da escola. Busca, com tudo isso, trazer maior realidade à educação, saindo da superficialidade das disciplinas e tendo a dimensão de todas as partes do lugar, possibilitando, ainda, que o aluno comece a relacionar a realidade com às disciplinas da sala de aula.

Pensando nisso, a professora sugere como instrumento de trabalho a cartografia, trata-se de um recurso, que somado às características do local analisado, pode ajudar nas interpretações e no "desenho" das diferentes atividades, problemas, entre outras especificidade do lugar.

Tudo isso, para levar à chamada Educação não formal, trata-se da educação para além dos muros da escola, no seu entorno, nos seus espaços de cultura e lazer, nos diferentes projetos que existem para gerar conhecimento e cidadania.

Para ilustrar esta discussão coloco aqui partes de uma carta escrita, no século XIX, por líderes indígenas na Virgínia em resposta à proposta dos brancos de estudarem na cidade.


“Nós estamos convencidos de que os senhores desejam o nosso bem e agradecemos de todo coração. Mas aqueles que são sábios reconhecem que diferentes nações têm concepções diferentes de ver as coisas e, sendo assim, os senhores não ficarão ofendidos ao saber que a vossa ideia de educação não é a mesma que a nossa. [...]
Muitos dos nossos bravos guerreiros foram formados nas escolas do Norte e aprenderam toda a vossa ciência. Mas quando eles voltaram para nós eram maus corredores, ignorantes da vida da floresta e incapazes de suportar o frio e a fome. Não sabiam como caçar o veado, matar o inimigo ou construir uma cabana, e falavam muito mal nossa língua. Eles eram, portanto, totalmente inúteis. Não serviam como guerreiros, como caçadores ou como conselheiros.
Ficamos extremamente agradecidos pela vossa oferta e, embora não possamos aceitá-la, para mostrar a nossa gratidão concordamos que os nobres senhores de Virgínia nos enviem alguns de seus jovens, que lhes ensinaremos tudo o que sabemos e faremos deles homens.”

(Século XIX – Líderes indígenas – Virgínia)

Com isso, fica claro que a ideia de educação para além dos muros da escola é antiga e necessária até hoje, pois há inúmeras coisas que são aprendidas no dia-a-dia, nas trocas, nas relações, na cultura.


# Vivência
Mais uma vez me deparo com o contexto da escola particular, tratando aqui aquelas que tive contato no decorrer da minha vida profissional, e me sinto distantes desses pensamentos tão importantes ao desenvolvimento dos alunos.
Não vejo a importância no entorno, na verdade tive contato com atividades que estudaram o entorno como exemplo daquilo que foi dito nos livos, mas não com interesse de tornar aquilo parte do processo e da aprendizagem da escola.
Tive, ainda, oportunidade, de acompanhar um projeto que dava assistencialismo aos moradores do entorno do colégio, que vale ressaltar era de um nível social muito inferior ao dos estudantes da instituição, mas ao longo de todo o projeto (desenvolvido anualmente), não vi em nenhum momento a preocupação em perguntar para a comunidade quais as suas reais necessidades e vontades, na verdade tudo já era pré programado pelo "achismo".




# Bibliografia
Vídeo-aula 13: A cidade como projeto educativo
Vídeo-aula 14: Cartografia e representação de lugares
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Vídeo de apoio: Educação não formal
Texto: Lugar de Vivência: a cidade e a aprendizagem
OLIVEIRA, Pérsio Santos de. Introdução à Sociologia. Editora: Ática, São Paulo, 2008.

TDAH, Retardo mental e Autismo (3ª semana)

Unidade 2 - Educação comunitária, saúde e cidadania
Disciplina: Saúde na escola
Semana 3 (06 à 12/11)


Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH)


Trata-se de um transtorno comportamental e neurológico, de causas genéticas e ambientais, que aparece na infância e pode acompanhar a pessoa por toda a sua vida. Tem como principais sintomas: alteração nas habilidades linguísticas, falta de noção de espaço, dificuldade de reconhecer símbolos gráficos, dificuldade para ficarem sentados e prestarem atenção, pouca coordenação motora (desajeitados) e dificuldade para terminar tarefas.

É ainda, caracterizado por uma tríade sintomatológica, desatenção, hiperatividade e impulsividade, que acarreta prejuízos ao desempenho acadêmico e social. Além disso, possui 3 tipos específicos do transtorno:

- Predominantemente desatento: maior frequência no sexo feminino, ocasiona prejuízo acadêmico, além de serem crianças desorganizadas, distraídas e desatentas com nível baixo de sociabilidade.
- Predominantemente hiperativo - impulsivo: são crianças mais agressivas com altas taxas de rejeição.
- Combinado dos outros dois tipos: prejuízo global (social, acadêmico, etc.), sendo rejeitadas pelos colegas.

A causa deste transtorno é multifatorial, ou seja, ocasionada por motivos genéticos, biológicos, psicossociais, entre outros. Suas principais consequências são: baixo rendimento, baixo auto-estima, dificuldade de relacionamento, nos adultos abuso de drogas e álcool, entre outros.

O tratamento deve ser multidisciplinar e específico para cada caso, fazendo uso de medicações, de psicoterapia e do envolvimento da família e da escola. Este último item deve ser enfatizado, já que boa parte dos profissionais desta área tem contato com casos como esses e muitas vezes não sabem como lidar. Na verdade, a escola não deve dar um diagnóstico sozinha, mas sim em conjunto com profissionais da área da saúde, para que juntos e contando, ainda, com a família possam encontrar caminhos de ajudar e melhorar a vida do aluno/paciente/filho.

Retardo mental

Trata-se de pessoas que tem habilidades intelectuais abaixo da média, início do déficit antes dos 18 anos. Suas principais consequências são: comunicação, interação, coordenação, cuidados pessoais e desenvolvimento da vida acadêmica. Há três tipos dessa deficiência:

- Leve: tem atrasos na linguagem, mas consegue se comunicar. Possui independência nos cuidados pessoais. Consegue estudar chegando ao Ensino Médio, além de conseguir independência na vida adulta.
- Moderado: dificuldade na compreensão e no uso da linguagem, e na coordenação. Tem, ainda, dependência para cuidados pessoais e tem um melhor desenvolvimento nas atividades individuais.
- Grave: grau maior de prejuízo intelectual, funcional e motor, ocasionado por alguma má formação ou lesão cerebral, precisando de auxílio o resto da vida, se saindo melhor em ensinos que prezam a independência pessoal.

O trabalho da escola nestes casos é desenvolver um trabalho que promova o maior número de estímulos possíveis, sempre contando com a equipe pedagógica, com especialistas na área da saúde e com a família, buscar este elo é fundamental para o desenvolvimento do aluno.

Autismo

Trata-se de um transtorno invasivo do desenvolvimento, que tem prejuízos na interação social, atrasos no desenvolvimento da linguagem e comportamento esteriotipado e repetitivo. Suas principais características são:

- Identificação apenas com 2 anos e meio de idade: o filho não fala, resiste aos cuidados paternos e não interage;
- Nos bebês: déficit do comportamento social, evitam contato visual, sem interesse na voz humana, indiferentes ao afeto;
- Crianças: não seguem os pais pela casa, não tem interesse em brincar com outras crianças;
- Interesse por brincadeiras esteriotipadas, como: lamber, cheirar, bater palmas, levar o corpo para frente e para trás;
- Fascinação por luzes, sons e movimentos;
- Incomoda-se com mudanças na sua rotina diária;
- Inteligência e linguagem comprometidas.

O tratamento é individualizado, mas deve ocorrer uma intervenção conjunta entre uma educação especial (não se trata de escola especial), orientação dos pais, terapia, treino de habilidades sociais e medicações. É importante ressaltar que o professor não pode trazer para si toda a responsabilidade de um tratamento tão complexo, mas deve buscar otimizar e auxiliar o mesmo.




# Vivência
Tive a oportunidade de conviver com alunos portadores dos três tipos de transtornos apresentados nesta semana. Foi, sem dúvida, muito enriquecedor para minha vida pessoal e profissional, mas também foi muito difícil.
Gostaria de ressaltar aqui, pontos que se melhorados dariam condições melhores de trabalho para os professor, para o aluno e para os familiares.

1) A grande quantidade de alunos somada a três tipos diferentes de inclusão, todos na faixa etária de alfabetização, torna o processo de desenvolvimento muito difícil, pois o professor não consegue dar a atenção necessária que o aluno precisa. => SUGESTÃO: ter auxiliares para dar atenção maior aos alunos.

2) A falta de diagnóstico específico da área da saúde, faz com que não se saiba exatamente as necessidades que o aluno tem, fazendo, ainda, com que as ações sejam tomadas apenas pelo senso comum. => SUGESTÃO: ter dentro do corpo pedagógico do colégio ao menos um especialista da área da saúde, para diagnosticar as especificidades dos alunos em conjunto com os professores.

3) A falta de reuniões periódicas com os familiares, deixando a sensação de que basta não fazer barulho que está tudo bem, não havendo a necessidade de um trabalho em conjunto dentro e fora da escola. => SUGESTÃO: reuniões periódicas para troca de informação.

4) A falta de incentivo a capacitação, é extremamente necessário buscar especializações que forneçam sugestões e novos caminhos para a inclusão. => SUGESTÃO: ter cursos constantes que abordem as necessidades da escola, dos professores e dos alunos.

Tudo isso, não fará do trabalho de inclusão algo fácil, mas irá ajudar os profissionais da educação a lidar com tudo de forma mais clara e calma.

# Bibliografia
Vídeo-aula 11: Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade
Vídeo-aula 12: Retardo mental e autismo
Associação Brasileira do Déficit de Atenção: http://www.tdah.org.br/
Instituto Paulista do Déficit de Atenção: http://www.dda-deficitdeatencao.com.br/tdah/
Artigo: Deficiência mental e autismo na escola
Disponível em: http://www.indianopolis.com.br/si/site/1151?idioma=portugues
Texto: Autismo e síndrome de Asperger: uma visão geral
Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1516-44462006000500002&script=sci_arttext&tlng=en/fulltext

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Educação comunitária e democracia (3ª semana)

Unidade 2 - Educação comunitária, saúde e cidadania
Disciplina: Educação comunitária e para a cidadania
Semana 3 (06 à 12/11)

Dando continuidade na ideia de transformar a escola num pólo de conhecimento e desenvolvimento da sociedade em geral, o curso aborda nesta semana os conceitos de Educação Comunitária e democracia.

Educação Comunitária

A Educação Comunitária passa para o âmbito escolar apenas na década de 80, pois inicialmente é associada a educação não formal. Ela se caracteriza pela democratização do espaço e das relações, da participação de todos os envolvidos, da melhoria da qualidade da educação. Além disso, tem por objetivo formar um sujeito coletivo, ou seja, uma perspectiva para o outro, para a comunidade, etc.

Sendo assim, a educação comunitária prioriza a articulação entre o entorno da escola e as disciplinas curriculares e a utilização de diferentes contextos educativos (demandas e interesses da comunidade), isto é, a educação não restrita a escola, mas sim para toda a cidade e sociedade.

Surgindo portanto, relações entre aprendizagem e cidade:

- Aprender na cidade: museu, parques, praças, etc.
- Aprender da cidade: o contato e a vivência.
- Aprender a cidade: conhecer a cidade e entender que cada ser humano tem seu poder ativo.

Em conjunto com esta metodologia está os Direitos Humanos, conjunto de direitos declarados pela ONU em 1948 (Declaração Universal dos Direitos Humanos), baseado na liberdade, igualdade e solidariedade. A escola precisa trabalhar esses direitos para que as crianças conheçam e vivam isso.

Democracia

A democracia pode ser considerada um modo de vida, mas dentro da escola é mais do que isso. Na verdade é uma proposição ética e moral, sendo assim, a escola deve preparar o indivíduo para que ele pense e produza essa cidadania, isto é, o ambiente escolar deve produzir ações democráticas e uma formação autônoma.

Surgindo, também, a possibilidade de uma educação promotora dos Direitos Humanos, trata-se da Educação dos Direitos Humanos que é um compromisso assumido internacionalmente.

- Educar para a democracia e para os Direitos Humanos: conhecer esses direitos.
- Educar pela democracia e pelos Direitos Humanos: ambiente que deve produzir a democracia e os direitos, discurso e prática não podem ser contraditórios.

# Vivência
O que mais me chamou a atenção, dentro da minha realidade, nesta semana foi o fato da escola particular (sem generalizações, pensando naquelas que tive contato) não se interessar pelos recursos ou regimentos que surgem para auxiliar e melhorar o ambiente escolar. Os Direitos Humanos nunca foram trabalhados ou mencionados, na verdade são tratados como se fossem algo distante da realidade, digo isso, me incluindo nesta concepção.
Não fico feliz com isso, pois acredito que podemos evoluir e melhorar com os materiais trazidos por estas instituições, é claro que ele não se faz sozinho, mas porque não utilizá-lo a nosso favor?

# Bibliografia
Vídeo-aula 9: Educação comunitária e Direitos Humanos
Vídeo-aula 10: Democracia e Educação em Direitos Humanos
Vídeo de apoio: Palestra Paulo César Carbonari - Programa Nacional de Direitos Humanos -, dia 13 de agosto no plenário da Câmara de Vereadores de Joinville/SC.
BENEVIDES, Maria V. Cidadania e Direitos Humanos. Instituto de Estudos Avançados da Universidade de Sao Paulo.
KLEIN, Ana M. & PÁTARO, Cristina S. A Escola Frente Às Novas Demandas Sociais: Educação Comunitária e Formação para a cidadania. In Revista Cordis Revista Eletrônica de História Social da Cidade - PUC-SP. Ano I, Edição I, 2008. ISSN- 2176-4174.
Instituto Interamericano de Derechos Humanos. Educación en valores éticos: guía metodológica para docentes. San José, Costa Rica, 2003.